Incentivo ao gás

A Tribuna - Santos - Sábado, 31 de janeiro de 2004

dom, 01/02/2004 - 15h50 | Do Portal do Governo

EDITORIAL

A decisão do Governo Alckmin de priorizar o consumo do gás natural – por meio da redução no preço do produto e, no âmbito regional, pela instalação de dois postos de abastecimento para veículos – é importante do ponto de vista estratégico para a economia de São Paulo. Dois aspectos positivos devem ser ressaltados. O primeiro é que, na modalidade veicular, o gás natural é um combustível mais barato do que os produtos derivados do petróleo. Além disso, é de fácil adaptação aos motores atualmente usados pelas frotas domésticas e empresariais. E, se difundido adequadamente e com preços justos, poderá baratear os custos que incidem sobre a produção paulista.

O segundo aspecto relevante desta decisão diz respeito ao que os técnicos chamam de matriz energética. Atualmente, as indústrias e veículos do País estão calcados num modelo que depende da energia gerada pelas hidrelétricas e queima do carvão mineral (no setor industrial) e pelo petróleo (no caso dos veículos). A diretriz encetada pelo Governo Alckmin visa no fundo reverter tal sistemática para que o gás se torne gradualmente a nova matriz. Não se trata de um desvario. Nos últimos tempos, a produção de gás em São Paulo quadruplicou. Deve-se lembrar também que recentes descobertas de gás natural na Bacia de Santos apontam a existência de gigantescas reservas do produto. Foram estas as circunstâncias que balizaram as decisões do Governo do Estado, às quais não cabem reparos.