Responsável pelo ‘Diário Oficial’ hoje também atua como uma editora e agência de notícias
SOLANGE SPIGLIATTI
Fundada em 28 de abril de 1891, pelo governador Américo Brasiliense de Almeida Melo, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo comemora 115 anos de informações sobre atos das três esferas do governo do Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário e sobre empresas que abastecem o Diário Oficial do Estado, que também festeja – teve a primeira impressão no dia 1° de maio do mesmo ano.
A pequena gráfica, na época, se localizava nos fundos da Igreja dos Remédios, onde hoje fica hoje a Praça João Mendes, na região central. Os primeiros exemplares do Diário Oficial, editados com oito páginas, traziam um conteúdo eclético, com comentários sobre o tempo e atos governamentais. Entre os registros de importância, a Imprensa Oficial noticiou a Revolução Constitucionalista de 1932 e o Estado Novo.
Hoje, a Imprensa Oficial tem sede na Mooca e dispõe de um moderno Data Center. Além de editar diariamente o Diário Oficial, com 2 mil páginas em nove cadernos, responde pela edição de livros e materiais gráficos, pela coordenação de serviços eletrônicos e pela implementação do programa Acessa São Paulo em todo o Estado, atendendo a todas as secretarias de Estado, autarquias, empresas públicas, prefeituras, câmaras, universidades e órgãos federais e municipais, oferecendo serviços eletrônicos e gráficos.
Com mais de mil funcionários, a sede da Imprensa Oficial se tornou uma minicidade, com os trabalhadores tendo acesso a restaurante, biblioteca, vestiário, postos de computadores, posto dentário e médico. A creche para os filhos dos funcionários acolhe mais de 92 crianças (de até 6 anos de idade). Na parte social, ainda há o projeto Imprimindo Cidadania, que faz a doação de aparas de papel, restos de filmes e outros materiais descartados às instituições beneficentes. Nesse projeto são beneficiados o Lar Escola São Francisco, Fundação Antônio Prudente, Hospital do Câncer, APAE, Fundação Dorina Nowill e o Instituto Solidariedade.
Entre as transformações históricas, a mais importante aconteceu em 2003, quando foi sancionada a Lei 11.455, permitindo a atuação também como editora e ganhando autonomia para atuar como uma agência de notícias. Com mais de 600 títulos publicados, só em 2005, foram feitas 102 edições, que garantiram a conquista de cinco Prêmios Jabuti de literatura.
