Igreja divulga passo-a-passo da visita

CNBB espera 1 milhão de fiéis em missa de canonização de frei Galvão, no dia 11 de maio, no Campo de Marte

qui, 12/04/2007 - 12h12 | Do Portal do Governo

De O Estado de S.Paulo

O futuro arcebispo de São Paulo e atual secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Odilo Scherer, apresentou ontem a agenda oficial da visita do papa ao Brasil (veja nos destaques ao lado), que ocorrerá entre os dias 9 e 13 de maio. A CNBB espera que 1 milhão de pessoas compareçam à missa que o papa Bento XVI vai celebrar no Campo de Marte, em São Paulo, no dia 11. Durante a cerimônia, o papa também irá canonizar frei Galvão. “Tudo vai depender das condições de tempo, da mobilidade”, afirmou d. Odilo.

Em Aparecida, no dia 13, o público esperado é menor. O papa se comunicará com fiéis principalmente na língua espanhola. A escolha foi explicada por d. Odilo. Como se trata da missa de inauguração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, haverá grande número de fiéis que têm como primeira língua o espanhol.

A chegada de Bento XVI ao Brasil está prevista para as 16h30 do dia 9, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Além de dois encontros com o presidente Lula, o papa deverá reunir-se rapidamente com representantes de outras religiões.

A migração de fiéis para outras religiões certamente será discutida entre líderes da Igreja com o papa, durante a visita, afirmou d. Odilo. Ele, no entanto, afasta a idéia de que a visita de Bento XVI possa reverter tal tendência de migração. “Não é um processo tão simples quanto parece. É óbvio que a visita pode ajudar a Igreja a se posicionar. Mas tal fenômeno, a migração, é cultural, não se muda por decreto”, observou.

O secretário-geral, que deverá assumir a arquidiocese de São Paulo, atribui a migração de católicos para outras religiões à grande valorização da autonomia e do individualismo. “A mobilidade não ocorre apenas entre católicos, é vista também em outras religiões.”

CONVITE MANTIDO

A Igreja Católica manteve o convite para que o rabino Henry Sobel participe do encontro de líderes religiosos com o papa Bento XVI, em 10 de maio, em São Paulo, segundo informação de d. Pedro Luiz Stringhini, bispo auxiliar de São Paulo, que participa da equipe de preparação da visita do papa. No entanto, a participação do rabino depende da Congregação Israelita Paulista (CIP), da qual é presidente licenciado.

Sobel foi preso na Flórida, em 23 de março, acusado de furtar quatro gravatas de grife. E, por conta do episódio, a CIP pode definir outro nome que a represente.