Idosos inauguram a primeira parte do centro de referência da zona norte

O Estado de S. Paulo - Suplemento Estadão Norte - Sexta-feira, 1º de outubro de 2004

sex, 01/10/2004 - 10h30 | Do Portal do Governo

No fim do ano, CRI deverá ter ambulatório, sala de leitura e salão de beleza, além de cursos

GIOVANNA BALOGH

Na segunda-feira, comemorou-se o Dia Internacional do Idoso e os moradores da zona norte com mais de 60 anos ganharam um presente: a inauguração de um salão de festas, com um grande evento para lembrar a data. O espaço faz parte do Centro de Referência do Idoso (CRI) do Hospital do Mandaqui, que deverá ser completamente inaugurado até o fim do ano. O CRI contará com sala de leitura, salão de beleza, além de aulas de pintura, artesanato, jardinagem e assistência médica.

O Centro de Referência funcionará no antigo Hospital Infantil Santana, localizado dentro do complexo hospitalar do Mandaqui. O prédio estava ocioso havia anos. O diretor técnico do hospital, Alamir Natucci Rizzo, disse que, no novo CRI, os idosos vão encontrar atendimento especializado em geriatria, ortopedia, urologia, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e saúde bucal, com um laboratório de próteses dentárias.

Além de receber o novo centro, o complexo hospitalar passa por reformas. Toda a obra está orçada em R$ 20,5 milhões. Esse é o segundo CRI inaugurado pelo governo estadual. O primeiro funciona em São Miguel Paulista, na zona leste. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, por enquanto não há planos de construir na capital outros espaços do gênero.

Grupo – Atualmente, o Hospital do Mandaqui já conta com um grupo de terceira idade, com 210 participantes, que faz numa ala improvisada aulas de pintura, artesanato, ginástica e participa de palestras sobre exercícios, alimentação e saúde. ‘No CRI, teremos condições de atender 50 mil idosos’, calcula Rizzo. Após a inauguração do centro, a intenção é ampliar os serviços e oferecer atendimento jurídico e orientações sobre como retirar documentos e aposentadoria, por exemplo.

A coordenadoria do grupo de idosos, Edwiges Trigo Rachid, de 55 anos, acredita que as atividades são proveitosas não apenas para a saúde, mas para a mente das pessoas com mais de 60 anos: ‘É importante ocupar o tempo livre de forma positiva.’ Ela observa que a auto-estima dos integrantes do grupo melhora por meio da amizade com outras pessoas na mesma faixa etária. Adélia Costa, de 67, concorda. ‘Já fiz aulas de pintura em tecido e agora me dedico à pintura em tela. É muito bom porque antes ficava em casa sem fazer nada.’