Para comemorar o Dia Internacional do Idoso, moradores da região com mais de 60 anos recebem um salão de festas no Centro de Referência, que está sendo construído no complexo hospitalar do Mandaqui. Local contará com sala de leitura, salão de beleza e espaço para aulas de pintura e artesanato
GIOVANNA BALOGH
Hoje é comemorado o Dia Internacional do Idoso, e os moradores da Zona Norte com mais de 60 anos vão ganhar um presente: a inauguração de um salão de festas onde está programado um grande evento para lembrar a data.
Esse espaço faz parte do Centro de Referência do Idoso CRI do Hospital Mandaqui, que deverá ser completamente inaugurado até o fim do ano. O CRI contará com sala de leitura, salão de beleza, aulas de pintura, artesanato, jardinagem e assistência médica em várias especialidades para oferecer um melhor atendimento e atividades de lazer e cultura para os mais velhos.
O Centro de Referência funcionará no antigo Hospital Infantil Santana, localizado dentro do complexo hospitalar do Mandaqui. O prédio estava há anos ocioso. O diretor técnico de departamento do Mandaqui, Alamir Natucci Rizzo, disse que os idosos irão encontrar atendimento especializado em geriatria, ortopedia, urologia, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e saúde bucal com um laboratório de próteses dentárias. A criação do CRI e toda a reforma do hospital estão orçadas em R$ 20,5 milhões.
Esse é o segundo CRI inaugurado pelo governo estadual e já foi apelidado de ‘Mandacri’. O primeiro centro de referência funciona em São Miguel, na Zona Leste. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, por enquanto não há planos de construir na Capital outros espaços como os localizados nas regiões Leste e Norte.
Atualmente, o hospital já conta com um grupo da terceira idade, com 210 participantes, que fazem numa ala improvisada aulas de pintura, artesanato, ginástica e participam de palestras sobre exercício, alimentação e dicas sobre saúde. ‘No CRI teremos condições de atender 50 mil idosos’, calcula Rizzo. Com a inauguração do Centro de Referência, a intenção é ampliar os serviços e oferecer, por exemplo, atendimento jurídico e outras facilidades para o idoso, como retirar um documento e esclarecer dúvidas sobre aposentadoria.
A coordenadora do grupo de idosos, Edwiges Trigo Rachid, 55 anos, acredita que essas atividades são proveitosas não apenas para a saúde, mas para a mente das pessoas com mais de 60 anos: ‘É importante ocupar o tempo livre de forma positiva.’ Ela observa que a auto-estima dos integrantes do grupo melhora com a amizade com os outros idosos.
A participante do grupo Adélia Costa, 67 anos, concorda. ‘Já fiz aulas de pintura em tecido e agora me dedico à pintura em tela. É muito bom porque antes ficava em casa sem fazer nada.’ Seu colega de sala, Álvaro Alves, 62 anos, sai de casa três vezes por semana, na Freguesia do Ó, para fazer aulas de alongamento, pintura e ginástica chinesa.
