IBGE revela que saneamento básico melhorou em SP

Diário de S. Paulo - 30/11/2002

sáb, 30/11/2002 - 12h02 | Do Portal do Governo

Em 1991, 79,4% das casas tinham rede de esgoto, água encanada
e coleta de lixo. Em 2000, índice chegou a 85,7%

O índice de residências paulistas com rede de esgoto ou fossa séptica, água encanada e coleta de lixo domiciliar saltou de 79,4% em 1991 para 85,7% em 2000, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados do Censo 2000 referentes aos indicadores sociais do estado de São Paulo foram divulgados ontem pelo instituto. Segundo o levantamento, o investimento em saneamento básico melhorou nos 645 municípios do estado.

A pesquisa indica ainda que quanto maior a população, maior o investimento em saneamento básico. Nas cidades com até 5 mil habitantes, de 1991 a 2000 aumentou de 40,3% para 64,1% o índice de saneamento adequado e nos municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes houve um aumento de 58,1% para 73,6%. Nas cidades com população entre 20 mil e 50 mil, aumentou de 69,3% para 81,7%. Já as cidades com mais de 500 mil habitantes, a proporção de domicílios com saneamento já é maior e por isso o crescimento foi menor: de 87,8% para 89,5%. A cidade de São Paulo tem o maior índice, 90,1% dos domicílios com saneamento (contra 89,5% em 1991).

Segundo os indicadores de 2000, em 97,4% dos domicílios urbanos (ou 9,7 milhões de casas) havia abastecimento de água, mas apenas 33,9% das casas em municípios rurais (ou 632 residências) tinham água encanada. Em 62,7% dessas casas o abastecimento era feito por poço ou nascente. A desigualdade se reflete no investimento em rede de esgoto. Enquanto em 85,7% dos domicílios urbanos havia rede de esgoto, só 19,6% dos rurais tinham o serviço. A proporção é semelhante em relação à coleta de esgoto: na região urbana há coleta em 98,9% dos domicílios, e na zona rural o serviço só atinge 48,6% das casas.

O estado de São Paulo teve um crescimento populacional anual de 1,8% no período entre 1991 e 2000, índice superior à taxa de crescimento nacional (que ficou em 1,6%). São 37 milhões de habitantes no estado (6 milhões a mais que em 1991), 93,4% da população vivendo em área urbana. Em 10 anos foram criadas 73 novas cidades em São Paulo. A maioria dos 645 municípios tem até 50 mil habitantes (82%), mas 42% da população do estado está concentrada em cidades com mais de 500 mil habitantes.

Daiene Cardoso