Hospital Municipal de Itanhaém é regionalizado

A Tribuna - Santos - 18/6/2003

qua, 18/06/2003 - 9h56 | Do Portal do Governo

A Tribuna – Santos – 18 de junho de 2003


O Governo do Estado autorizou a regionalização do Hospital de Itanhaém. Na prática, a medida deverá transformar a unidade em uma extensão do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), de Santos, tornando-se referência para 200 mil habitantes em cinco cidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira. Com a iniciativa, a instituição receberá maiores repasses dos governos Estadual e Federal, passando a oferecer serviços com maior grau de complexidade.

Os critérios de transição do gerenciamento estritamente municipal para uma administração regionalizada deverão ser definidos por uma comissão formada por representantes da Direção Regional de Saúde (DIR-19), do HGA e das prefeituras de Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Itariri e Pedro de Toledo.

Conforme determina a portaria do governador, publicada no Diário Oficial do último dia 12, o grupo de trabalho terá 12 membros, sendo seis do Estado e seis das prefeituras.

A pressão dos prefeitos visando a regionalização começou em janeiro e se intensificou no final de maio quando representantes das cinco prefeituras estiveram no gabinete do secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

A transformação da unidade em hospital-referência eliminará o gargalo existente no atendimento médico de alta complexidade num raio de quase 300 quilômetros.

Com isso, os moradores das três cidades do Litoral Sul deixarão de buscar o atendimento gratuito e especializado no HGA, na Santa Casa de Santos, no Hospital Modelo de Cubatão, no Hospital São José de São Vicente e na Santa Casa de Praia Grande.

Por dia, só a Prefeitura de Itanhaém transporta 60 pacientes até esses hospitais, em vans. O serviço tem um custo estimado em R$ 50 mil por mês.

A hospital também deverá reduzir o desconforto para moradores de pelo menos três cidades do Vale do Ribeira (Itariri, Pedro de Toledo e Miracatu), que precisam se deslocar até a Baixada Santista ou a Pariquera-Açu, numa viagem de quase 200 quilômetros.

‘‘Esse será um grande avanço para a região. Foi uma grande decisão do governador e do José Ricardo Martins Di Renzo (diretor regional de Saúde)’’, comemorou ontem o secretário municipal de Saúde de Itanhaém, Alder Ferreira Valadão.

Ampliação

Em reforma desde abril de 2001, o hospital deverá ter sua capacidade de atendimento ampliada em 35% até o final de agosto, quando a obra deve ser concluída. O investimento feito com recursos do Governo Federal, por meio do Reforsus, soma R$ 3 milhões 808 mil.

A verba permitiu a reforma de 2.990 metros quadrados e a construção de uma nova ala com 504,90 metros quadrados. O número de leitos passará dos antigos 95 para 125. A unidade também ganhará um novo banco de sangue com capacidade para atender as demais unidades de saúde do Litoral Sul.

A maternidade terá 14 leitos de internação e o centro cirúrgico, duas salas. Será implantada uma UTI Neonatal com cinco leitos e uma UTI para adultos, também com cinco leitos.

Hoje, a Secretaria de Saúde de Itanhaém administra R$ 15 milhões ao ano, o que representa cerca de 22% do orçamento municipal, valor muito acima do que determina a legislação federal. Do montante destinado ao setor, só 33% são cobertos pelo Governo Federal e apenas 5% pagos pelo Estado.