O Hospital do M’Boi Mirim, no Campo Limpo, Zona Sul da Capital, vai sair do papel. Às 11h de hoje, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra assinam um acordo liberando R$ 16 milhões para a construção do hospital. Desde 2001, moradores da região vêm realizando protestos pedindo o início das obras. Dois meses após assumir a pasta, no entanto, o secretário municipal de Saúde, Cláudio Lottenberg, disse que a prioridade neste ano seria o Hospital de Cidade Tiradentes, na Zona Leste.
‘A administração passada colocou no orçamento um recurso que não existia. Por isso, prefiro terminar uma obra a ter dois esqueletos parados’, explicou Lottenberg, na época. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o repasse irá beneficiar toda a Zona Sul, ajudando ainda a desafogar as unidades estaduais nas imediações (o governo administra quatro grandes complexos hospitalares na região).
Com 228 leitos, o M’Boi Mirim será um dos maiores hospitais da Capital. A unidade estará equipada para atender casos de urgência e emergência, além de setores de internação nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, cirurgia ortopédica, obstetrícia (maternidade), pediatria e saúde mental. A capacidade do hospital deve girar em torno de 20 mil atendimentos por mês.
A construção do Hospital M’Boi Mirim foi promessa de campanha tanto de Serra quanto de Marta Suplicy. No fim de seu mandato, porém, a ex-prefeita remanejou cerca de R$ 454 milhões destinados à construção de hospitais (incluindo o M’Boi Mirim e o Cidade Tiradentes), ao programa Saúde da Família e à canalização de córregos.
Em fevereiro, ao explicar porque daria prioridade ao hospital da Cidade Tiradentes, Lottenberg alegou que nessa unidade as obras estavam mais avançadas. Hoje, durante a assinatura do acordo, o secretário deve informar a data de início das obras.
