Horários de rush foram esticados

Jornal da Tarde - Terça-feira, 17 de abril de 2007

ter, 17/04/2007 - 13h35 | Do Portal do Governo

Jornal da Tarde

As centenas de quilômetros de trilhos na região metropolitana não escapam da gula do horário de pico por mais minutos. Segundo o gerente de operações do Metrô, Mário Fioratti, a demanda pelo serviço aumentou 12% em 2006, motivada principalmente pela integração do Bilhete Único e pelo início das atividades de duas novas estações na Linha 2 – Verde. A empresa expandiu a definição de horário de pico da manhã, anteriormente das 6h30 às 8h, para o período entre 6h e 9h.

À tarde, a hora do rush no Metrô também ultrapassou o limite entre 17h30 e 18h30. Agora, a saturação começa a partir das 17h e se mantém até 19h30. Mas Fioratti explica que, “no vale (período entre os horários de pico), diminui muito a entrada de passageiros”. Apesar de menor que durante o rush, a procura pelo metrô é grande em horários como entre 10h e 13h, quando entram cerca de 240 mil passageiros, ou 13,8% do total de usuários.

A Companhia do Metrô estuda a possibilidade de investir em novas tecnologias para reduzir o intervalo mínimo entre trens, hoje de um minuto e 40 segundos. A mudança evitaria a lotação dos carros, cuja capacidade máxima é de seis usuários por metro quadrado. Na Linha 3 – Vermelha, porém, há momentos em que oito passageiros precisam dividir o mesmo metro quadrado.

CPTM

Situação semelhante é encontrada nos trens da CPTM. Apesar de o pico continuar sendo entre 17h30 e 18h30, com o deslocamento de 107 mil passageiros, o crescimento da movimentação começa horas antes, partir das 14h.

Eduardo Rombolli, gerente de Gestão de Qualidade, afirma que a empresa trabalha para se adequar ao deslocamento dos usuários. “É esperado, já que a Cidade está ficando cada vez mais entupida”, diz. O assistente técnico da gerência João Carlos de Campos Leme acrescenta que a demanda pelo serviço cresce constantemente há vários anos, e também cita o bilhete único como o mais recente motivador. “O aumento é generalizado para as seis linhas.”

Mesmo com lotação máxima, ambos citam a importância dos trilhos da CPTM, que transportam 1,5 milhão de paulistanos todos os dias. “É o meio que vai mais longe. Colabora para não entupir o trânsito e melhorar o ar.”

O governo estadual anunciou em março que vai investir R$ 1,2 bilhão até 2010 na Linha F de trem, considerada a mais defasada . “Queremos fazer do trem um metrô de superfície; São Paulo devia ter 300 km de metrô, isso seria o ideal”, disse o governador José Serra.