História de CA de medicina da USP se torna livro

Folha de S. Paulo

qui, 17/09/2009 - 8h04 | Do Portal do Governo

Publicação conta passagens como a luta pela construção do Hospital das Clínicas 

Com 96 anos, Centro Acadêmico Oswaldo Cruz é considerado pioneiro na luta por maior participação dos alunos nas universidades 

Pouco após o sanitarista Oswaldo Cruz tornar-se o grande nome da medicina brasileira com campanhas de vacinação e erradicação de doenças no Rio de Janeiro no início do século 20, surgia em São Paulo, em 1913, um centro de estudantes de medicina que levava o seu nome e levantaria importantes bandeiras pela saúde pública.

Trate-se do Caoc, que agora tem a sua história contada no livro “Centro Acadêmico Oswaldo Cruz – A História dos Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo”, lançado ontem.

A publicação retrata momentos importantes dos 96 anos do centro, como a luta pela construção do Hospital das Clínicas, na década de 30, e as ligas de combate a doenças, como a contra sífilis, criada em 1918. Personalidades também marcam presença no livro. É o caso de Arnaldo Vieira de Carvalho, primeiro diretor da faculdade.

A primeira tiragem do livro, de 4.000 exemplares, será distribuída pelo centro. Existe a possibilidade de que uma nova edição chegue às livrarias em 2013, quando será comemorado o centenário do Caoc.

“Notamos que os estudantes não conheciam a fundo a história, o trabalho que tinha sido feito pelo Caoc ao longo do tempo. É importante não perdermos isso”, diz Arthur Danila, que presidiu o Caoc em 2008 e coordena o projeto.

O professor emérito da Faculdade de Medicina da USP Henrique Walter Pinotti, 80, atuou no Caoc nos anos 50 pela maior participação dos alunos nas decisões, uma atitude “pioneira” do centro, diz ele.

“Quando dois alunos começaram a participar [da congregação da faculdade], o Alípio Corrêa Netto era professor aqui e achou aquilo ótimo. Depois virou reitor da USP e quis levar a ideia para a universidade toda. Levou a sugestão ao governo federal e foi baixada lei para a representação acadêmica ser admitida em todo o país.”