Habitação: Campinas ganha prioridade

Jornal da Tarde - São Paulo - Quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

qui, 06/01/2005 - 8h53 | Do Portal do Governo

Secretário dá prioridade ao fim de cortiços nas regiões metropolitanas de Santos e Campinas, além da Capital

Ana Paula Scinocca

O ex-prefeito de São José dos Campos (PSDB) Emanuel Fernandes assumiu ontem a Secretaria de Estado da Habitação, afirmando que vai dar prioridade à erradicação de cortiços em São Paulo e nas regiões metropolitanas de Santos e Campinas. ‘É a recomendação do governador (Geraldo Alckmin)’, declarou.

Ele acrescentou que a ordem é acelerar o programa que tem recursos (US$ 34 milhões) do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e contrapartida de US$ 36 milhões do governo paulista.

Na cerimônia, Alckmin afirmou que o investimento em habitação será de R$ 1,1 bilhão este ano. Segundo ele, 33 mil unidades habitacionais foram entregues em 2004 e 53 mil moradias populares estão em obras. O déficit habitacional no Estado supera 600 mil casas.

No caso da Capital, Fernandes disse que na próxima semana vai procurar a Prefeitura, também administrada pelo PSDB, com o objetivo de estabelecer uma parceria para que as duas esferas de governo atuem em conjunto no projeto de erradicação de cortiços. ‘Tenho um bom relacionamento com o prefeito (José Serra).’

Além de assumir a secretaria da Habitação, o ex-prefeito de São José, que é amigo pessoal de Alckmin, também irá presidir a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – CDHU.

Fernandes destacou que, também por recomendação do governador, irá intensificar o trabalho da companhia na região, especialmente na metropolitana de São Paulo.

Engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronautica – ITA, a principal experiência de Fernandes na área de habitação foi a criação do programa de ‘desfavelização’.

O projeto, em princípio, não pretende ser utilizado por ele no Estado. ‘São os municípios que têm jurisdição para isso (aplicar o projeto)’, comentou ele, destacando que a colocação de placas – com o número de moradores e barracos – nas favelas da cidade do Vale do Paraíba impediu o crescimento das áreas.