Grandes eventos da cidade serão filmados

Jornal da Tarde

seg, 15/11/2010 - 15h00 | Do Portal do Governo

A Prefeitura quer que grandes eventos sejam monitorados com câmeras. A lei 15.326, publicada no último sábado, 14, no Diário Oficial, prevê que, quando a previsão de público for superior a 10 mil pessoas, os organizadores terão de instalar os equipamentos. A chegada e a saída do público deverão ser filmadas. Além disso, as imagens têm de ser guardadas por dois meses – nesse período, podem ser solicitadas pela Prefeitura. Os detalhes da lei serão definidos nos próximos 30 dias.

Questionado neste domingo, 15, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) deu poucas informações sobre a nova regra. Disse que a medida vale para eventos públicos e privados, que as câmeras deverão permanecer no local até o último dia do evento e que as festividades públicas, como o Réveillon da Avenida Paulista, já contam com monitoramento por imagens. “São medidas adotadas em grandes eventos em qualquer lugar no mundo”, afirmou, durante visita a um campo de futebol na Vila Mariana, zona sul.

A lei diz que, se a Prefeitura pedir, terá de justificar a instalação do sistema de segurança aos organizadores. Num evento como a comemoração do centenário do Corinthians no Vale do Anhangabaú, por exemplo, realizada na noite de 31 de agosto e que reuniu mais de 100 mil pessoas, o alvará só seria expedido se o projeto de monitoramento fosse apresentado.

O assessor de Segurança da Federação das Indústrias do Estado de SP (Fiesp), Igor de Mesquita Pípolo, considera a lei o primeiro passo para tornar grandes eventos mais seguros, mas teme problemas em sua aplicação.

Isso porque não está claro quantas câmeras de segurança o espaço terá de ter, nem os locais em que elas deverão ser instaladas e nem onde as imagens terão de ser armazenadas. Para Pípolo, a lei seria mais efetiva se determinasse a obrigatoriedade de um plano de segurança assinado por um profissional da área. Deveria contemplar, além das câmeras, saídas de emergência, iluminação de segurança e serviço médico de emergência.

O vereador Antonio Donato (PT), autor da lei, explica que o texto ainda precisa ser regulamentado. Nesse período, sua implantação será discutida e definida. Donato diz que sobretudo shows terão de ter os equipamentos. “O Estatuto do Torcedor já prevê o monitoramento de algumas partidas. Foi com base nisso e na CPI dos Eventos que pensamos numa forma de dar mais segurança ao público.”