A Secretaria de Agricultura de São Paulo eleva, a partir de hoje, o padrão mínimo de qualidade exigido para compra de café tradicional pelo governo, por meio da Bolsa Eletrônica de Compras (BEC). A mudança na Resolução SAA-37 aumenta o nível de 3,5 para 4,5 e mantém a classificação para os tipos superior (6,51 a 7,6) e gourmet (7,61 a 10).
‘A exigência fatalmente provocará uma melhora nos cafés produzidos no Estado, aumentando inclusive a confiança de importadores’, afirmou o secretário de Agricultura do Estado, Duarte Nogueira. O governo paulista gasta em média R$ 1,5 milhão por ano com cafés para consumo próprio.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), Nathan Herszkowicz, a norma traré efeitos indiretos no varejo. ‘Hoje, 25% dos cafés estão abaixo do nível de qualidade recomendável e essa regra estimulará uma melhoria na oferta geral de grãos’, avalia. Herszkowicz adianta que o Programa de Qualidade do Café da ABIC – cujo selo será relançado até julho – terá seus padrões de qualidade elevados em níveis semelhantes.
Ainda este mês, a Secretaria de Agricultura e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) lançam selo de certificação para o algodão. Além do café processado, recebem o selo ‘Produto de São Paulo’ o carvão vegetal e a carne suína.