Governo de SP vai distribuir remédios no metrô

O Estado de S. Paulo - Terça-feira, 22 de junho de 2004

ter, 22/06/2004 - 9h31 | Do Portal do Governo

No Dose Certa, serão 40 medicamentos entregues em 10 estações; pacientes devem ter receita do SUS

ADRIANA DIAS LOPES

O governador Geraldo Alckmin e o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, anunciaram ontem um pacote de medidas na área de saúde. A Farmácia Dose Certa é uma delas. A idéia, que começou em 1995 no governo Mário Covas, com a distribuição gratuita de 40 tipos de remédios em postos de saúde (ver tabela ao lado), é instalar até setembro dez farmácias com os mesmos medicamentos em estações do metrô (Ana Rosa, Saúde, Praça da Sé, Santana, Tucuruvi, Barra Funda, Brás, Guilhermina Esperança, Itaquera e Clínicas). ‘Elas vão facilitar a distribuição pela localização e ajudar aqueles que eventualmente não encontram remédios nos postos’, disse Alckmin.

A dona de casa Rosely Massetti é uma delas. ‘Há três meses procurei remédio para pressão em posto da zona oeste e não encontrei’, conta. ‘Desisti.’

A Dose Certa é diferente da Farmácia Popular. Inaugurada em junho pelo governo federal, a Popular vende remédios com descontos de até 80% e atende clientes com receitas da rede pública e privada. A Dose Certa aceitará só receitas do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, 28,6% dos brasileiros usam exclusivamente o SUS.

Alckmin comunicou também o investimento de R$ 115 milhões na segunda unidade da Fundação para o Remédio Popular (Furp), o laboratório oficial do governo do Estado, a partir de 2006. Com a nova Furp, a produção mensal passará a ser de 1,8 milhão de ampolas e 100 milhões de comprimidos, que vão de analgésicos aos mais complexos, como os usados em tratamentos de aids.

As medidas também incluem a humanização dos hospitais por meio de três projetos, que custarão aos cofres públicos R$ 2 milhões. Um deles é o Jovens Acolhedores, com a contratação de 500 universitários, que, a partir do segundo semestre, recepcionarão pacientes que procuram a rede estadual da Grande São Paulo. Já o Leia Comigo contará com salas de leitura em hospitais. Por fim, o Conte Comigo, que vai tirar dúvidas dos usuários do SUS por meio de funcionários nos hospitais, telefone e e-mail. Mais R$ 67 milhões serão investidos nos Hospitais Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, no Penitenciário do Estado, na capital, e Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté.