Governador entrega vicinal entre Castelo e Raposo

Diário da Região / Osasco

qui, 01/07/2010 - 8h15 | Do Portal do Governo

Durante evento em Itapevi, Goldman também anunciou continuidade das obras na SP 274 e conexão da região com Trecho Norte do Rodoanel em três anos

O governador Alberto Goldman entregou, ontem, em Itapevi, as obras de recuperação da rodovia Engenheiro René Benedito da Silva (SP-274), principal interligação entre as estradas Castelo Branco e Raposo Tavares.

O projeto, orçado em R$38,5 milhões, envolveu, em um trecho de 17,35 quilômetros, duas etapas de obra. Na primeira, entre os Km 41 e 46, houve recapeamento da pista, melhoria da sinalização e implantação de guias, sarjetas e seis dispositivos de acesso aos bairros cortados pela via. Já entre os Km 46 e 59, foi feita recuperação do asfalto, dos acostamentos e do pavimento.

Durante a entrega das obras, Goldman afirmou que a rodovia segue o desenvolvimento registrado em Itapevi e também em toda a região Oeste. “Conheço Itapevi e toda essa área há 40 anos. Antes, era uma periferia, uma área muito pobre e necessitada de recursos. Fico feliz em ver o avanço registrado aqui e em poder realizar obras que contribuam para isso”, afirmou.

Ele também anunciou uma segunda fase para as obras, no trecho que segue do Km 59 até a cidade de São Roque. Nesse caso, o projeto depende de uma parceria com a Prefeitura de Itapevi, que vai desapropriar um terreno às margens da rodovia para permitir sua ampliação. “Depois dessa desapropriação, a prefeitura vai passar o terreno ao Estado, para que possamos fazer a ampliação de desafogar um gargalo que existe nesse trecho”, completou.

A prefeita Ruth Banholzer confirmou a parceria e disse que a desapropriação já está em fase final. “Gostaria até que esse trecho já fosse concluído com a etapa atual, mas infelizmente não foi possível esse entendimento anterior. Hoje, levei o governador até o local e mostrei a necessidade da obra, pois durante a noite, com a pista estreita e a visibilidade baixa, há grande risco de acidentes. E ele se mostrou bastante receptivo”, completou.

Rodoanel

Após o evento, em entrevista coletiva, Goldman falou sobre a sanção, na última sexta-feira de um projeto de lei que autoriza o governo a obter financiamentos nacionais e internacionais para as obras de construção do trecho norte do Rodoanel.

De acordo com ele, esse projeto vai garantir verbas orçamentárias e também linhas de crédito para a construção da obra. Mas a execução será a longo prazo. “Estamos na fase de elaboração de estudos de impacto e licenciamento. Acredito que dentro de três anos teremos o trecho Norte do Rodoanel em operação”, completou.

Para essa obra, empréstimo de até US$ 1.148.633 bilhão poderão ser obtidos pelo governo em instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial (BIRD), o Japan Bank for Internacional Cooperation (JBIC) e Consórcio de Bancos Internacionais, a Japan International Cooperation Agency (JICA).

O trecho, de aproximadamente 44 quilômetros, fará a ligação das rodovias Dutra e Fernão Dias ao Trecho Oeste, que interliga das rodovias Anhanguera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt.

Entrevista com o governador Alberto Goldman

“As vicinais são responsabilidade dos municípios, mas estão sendo assumidas pelo governo porque eles têm dificuldades para fazer isso e a recuperação precisa ser feita” 

O governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, entregou ontem em Itapevi as obras de recuperação da rodovia engenheiro René Benedito Silva, a SP-274. Durante a cerimônia, o governador falou ao Diário da Região sobre a obra que incluiu o recapeamento da pista, a melhoria da sinalização e a construção de guias, cujo investimento foi de R$ 38,5 milhões. Goldman ainda comentou sobre a parceria entre prefeitura e governo do Estado, além de discorrer sobre o empréstimo concedido para a construção do trecho Norte do Rodoanel.

Talvez, em setembro ou outubro, seja entregue a estação de trem de Itapevi. Quando está prevista a chegada de novos trens?

A estação está pronta. Em setembro ou outubro, nós vamos inaugurar. Os trens estão sendo fabricados. Eles não são entregues de uma vez. Teremos uma linha de produção. Quem quiser ir a Hortolândia, na fábrica, vai ver os trens sendo produzidos. Esses trens serão trazidos para as diversas linhas da CPTM e serão colocados em cada uma delas. Até 2012, nós teremos todo o sistema modernizado, com sistema de comunicação, ar condicionado. Todos os trens estarão ótimas condições e as estações renovadas.

Esse prazo também se aplica às demais estações da região que estão em reforma, como Carapicuíba?

Não. Cada estação tem o seu prazo. Cada estação teve sua licitação, seu contrato e seu prazo. Todas elas têm prazos definidos, mas eu não posso afirmar como será uma ou outra. No caso de Itapevi, nós entregaremos até outubro.

Quanto ao trecho viário até Amador Bueno, existe uma previsão de quando ele será concluído?

Não. Nós estamos fazendo apenas essa ligação. Estamos entregando essa ligação agora, que vai até Mailasqui. Aliás, aquele trecho de Cotia, que a prefeita está solicitando, pode ser feito já. De imediato, podemos fazer um documento em que nós entregamos a Itapevi a concessão de uso. Mas, quando municipalizarmos esse trecho, a prefeitura terá que fazer a manutenção no trevo e vai gastar dinheiro. Se Itapevi quiser a municipalização, nós faremos, não há problema algum. Mas, precisamos fazer um convênio e passar um projeto na Assembleia Legislativa.

Qual a importância dessa obra para a região?

É uma ligação entre a Castelo Branco e a Raposo Tavares, ligando assim duas grandes rodovias. Portanto, ela sempre possibilita o desenvolvimento de toda essa região em torno da rodovia. Possibilita o desenvolvimento tanto de São Roque, quanto de Itapevi.

O senhor assinou também um empréstimo para o trecho norte do Rodoanel. Como está esse projeto? Já existem prazos definidos?

Na realidade, nós estamos fazendo um convênio com as prefeituras. O projeto de lei que autoriza o empréstimo já foi aprovado, na semana passada, pela Assembleia Legislativa. Nós teremos o recurso definido para o trecho Norte. O trecho Leste já está com todos os recursos definidos, não há problema quanto a isso. Nós vamos publicar o edital, provavelmente em dez dias. O trecho Leste vai ligar a rodovia dos Imigrantes e Anchieta à Dutra e Airton Sena. Já o trecho Norte não será licitado este ano, só em 2011. Ele ainda está em fase de projeto. Mas, nós vamos deixar tudo definido. Vamos deixar o recurso previsto no orçamento e o empréstimo definido. Já terá o dinheiro. Agora, é só a questão técnica de fazer o projeto, a licitação e tocar a obra.

O senhor citou que essa rodovia vai ligar a Castelo à Raposo. O estado também está fazendo melhorias na Raposo. Existe, nesse caso, um prazo para entregar das obras?

A Raposo é uma estrada concedida. Já existe todo um cronograma para as empresas. Elas não farão tudo imediatamente, de uma só vez. Vários trechos estão em fase de projeto, mas todos eles têm um cronograma de entrega. Tudo será entregue nos próximos dois ou três anos.

Existem outros projetos de recuperação viária para as estradas da região, tanto as principais como as vicinais?

Todas as principais, as SPs, estarão recuperadas depois disso. Nós fizemos uma recuperação de 12 mil quilômetros de vicinais em todo o estado. Fizemos isso em quatro fases. As duas primeiras já terminaram e foram entregues. A terceira está sendo terminada e será entregue. Já a quarta fase da recuperação da pavimentação das vicinais entrará em licitação a partir desse mês.

Esse projeto prevê vias na região Oeste?

Prevê vias em todo o estado. Provavelmente, todas as vicinais que são pavimentadas e precisam de recuperação estão incluídas nesse plano global de 12 mil quilômetros. Vicinais, que na realidade são de responsabilidade dos municípios, mas estão sendo assumidas pelo governo porque eles têm dificuldades para fazer isso e a recuperação precisa ser feita.

Já que o senhor citou os municípios, é esse o caminho para a recuperação, fazer parceria com as prefeituras?

Sempre é. As prefeituras sempre têm dificuldades financeiras e quem banca tudo é o estado.