Helena Sato
A política de imunização é, sem sombra de dúvida, uma das principais conquistas da saúde pública brasileira
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o único plano de saúde que oferece, gratuitamente, vacinas contra as mais diversas doenças, como sarampo, difteria, tétano, coqueluche, rubéola, caxumba e gripe, dentre outras, garantindo uma vida mais saudável para toda a população.
No Estado de São Paulo, o sucesso do programa de imunização vem trazendo resultados animadores, como o desaparecimento do sarampo, a expressiva redução do número de casos de rubéola e a erradicação da paralisia infantil, doença que desde 1988, ano da implementação do SUS, não é registrada nos municípios paulistas.
Além de disponibilizar as vacinas nas unidades públicas, o governo assegura o sucesso do programa de controle de doenças com ações de imunização de bloqueio, indicadas para alguns surtos específicos –e com as campanhas de vacinação em massa, que representam, por assim dizer, um cuidado extra além da rotina estabelecida pelo calendário, para que não haja possibilidade de determinada doença já controlada voltar a atingir os cidadãos.
Entretanto, o êxito de qualquer campanha voltada à saúde pública depende, invariavelmente, da adesão da população. Nesse sentido, os paulistas vêm dando o exemplo para o país ano a ano, contribuindo, assim, para colocar o Estado de São Paulo na vanguarda do controle de doenças imunoprevisíveis.
Chegou, portanto, a hora dos paulistas, ao lado do governo, darem mais uma demonstração de compromisso com a saúde.
Amanhã, sábado, 11 de junho, vamos promover a primeira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil. Das 8h às 17h, os postos de saúde de todo o Estado irão disponibilizar gratuitamente as gotas da vacina Sabin, para crianças menores de cinco anos de idade.
A meta da Secretaria de Estado da Saúde é vacinar 3,1 milhões de crianças nesta primeira etapa, o que representa 95% dos 3,3 milhões de menores de cinco anos no Estado.
Como nas edições anteriores, a dupla Zé e Maria Gotinha percorreram as principais cidades paulistas para divulgar a vacinação.
Na campanha deste ano cerca de 14 mil postos de vacinação, 37 mil profissionais e 4,8 milhões de doses de vacinas contra poliomielite estarão à disposição da população em todo o Estado. A segunda fase acontecerá em 20 de agosto.
Nas duas etapas da campanha as crianças levadas aos postos receberão, além da vacina contra a poliomielite, doses de vacinas que estejam em atraso na caderneta, como Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e hemófilo), Tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e contra hepatite B, por exemplo.
É importante ressaltar que todas as crianças com menos de cinco anos devem ser vacinadas contra a paralisia infantil nas duas fases da campanha, mesmo que tenham recebido as gotinhas na campanha do ano passado. A imunização contra a poliomielite é de fundamental importância porque, embora erradicada do território nacional, o vírus causador da doença ainda circula em países da África e da Ásia e pode retornar ao Brasil se nõ protegermos nossas crianças.
A vacina contra a pólio é segura e extremamente eficaz. O último caso registrado da doença no Estado de São Paulo ocorreu há 17 anos, no município de Teodoro Sampaio.
No Brasil a paralisia infantil está erradicada desde 1989, sendo que os últimos casos foram registrados no Rio Grande do Norte e Paraíba.
Mais uma vez, contamos com a cooperação dos pais e responsáveis, que, a exemplo dos anos anteriores, dedicarão alguns minutos deste sábado para levar seus filhos menores de cinco anos aos postos de saúde.
Helena Sato é médica pediatra e coordenadora da Divisão de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
