Secretário paulista é citado como defensor da redução do efeito estufa
Cristina Amorim
O secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, José Goldemberg, foi escolhido pela revista Business Week como um dos indivíduos que mais atuam no mundo para conter a emissão de gases que provocam o efeito estufa. Ele está em sétimo lugar de uma lista de 20 pessoas, encabeçada pelo premiê britânico Tony Blair, e é o único latino-americano.
‘Não fui consultado nem costumo ler a Business Week. Soube durante um jantar em Montreal com o secretário de Meio Ambiente da Califórnia, Alan Lloyd. Lá, entrei no site e vi meu nome’, conta.
Goldemberg foi escolhido por ser, segundo a revista, ‘o pai do maior investimento de um país em biodiesel, principalmente metanol. Além de manter fora da atmosfera cerca de 500 milhões de toneladas métricas de gases do efeito estufa, o programa de biocombustível reduziu a importação de petróleo pelo Brasil e sua dívida externa em quase 50%’.
O ‘pai’ do Proálcool é, na verdade, o também físico José Walter Bautista Vidal, que foi secretário de Tecnologia Industrial do governo Geisel. Goldemberg, por sua vez, é um grande defensor do projeto.
A lista contém alguns personagens estranhos ao círculo ambientalista. Um exemplo é o presidente da British Petroleum, uma das maiores produtoras mundiais de petróleo, um dos mais graves inimigos do efeito estufa. John Browne, segundo a revista, estabeleceu metas de redução da emissão de gases pela empresa em 1997, seis meses antes de nascer o Protocolo de Kyoto.
Atrás dele, aparece o ator Arnold Schwarzenegger, atual governador da Califórnia, por ter criado programas rígidos de controle de poluentes em seu Estado, mesmo sendo republicano como o presidente George Bush, que não assinou o Protocolo de Kyoto.