Ganho para a Baixada – Obras de saneamento na região têm valor inestimável

A Tribuna - 26/5/2002

dom, 26/05/2002 - 11h47 | Do Portal do Governo

Editorial

Reveste-se da extrema importância a notícia que A Tribuna trouxe na edição de ontem, referente ao investimento de US$ 250 milhões que o Governo do Estado fará nos próximos cinco anos para ampliar e modernizar o sistema de saneamento básico em todos os municípios da região metropolitana da Baixada Santista.

Parte desses recursos — US$ 150 milhões — virá do Japão, e o restante, da Sabesp, que já elaborou os projetos executivos das obras previstas. A relevância do empreendimento merece ser destacada por vários aspectos, entre os quais, na linha de frente, seu alto significado social.

A universalização da coleta e tratamento de esgotos e a oferta de água de boa qualidade elevam substantivamente as condições sanitárias de uma comunidade, do que resultam menos doenças e a consequente melhoria do padrão de vida de seus habitantes.

Atualmente, o abastecimento de água na Baixada é pleno, porém, o serviço de esgoto, variando de município para município, atinge em média 75% de cobertura na coleta; esta deve subir para 95%, com 100% de tratamento dos dejetos coletados. Não há dúvida de que serão índices de Primeiro Mundo.

Outro ganho dos mais expressivos estará no quanto essas iniciativas irão colaborar para a recuperação ambiental da região. Há uma situação problemática nesse campo, e que agora será enfrentada principalmente através das obras que ajudarão a despoluir os rios Casqueiro e Cubatão, delas advindo efeitos positivos para a balneabilidade das praias de Santos e São Vicente.

Outro projeto de vulto, e que também atenderá ao mesmo objetivo, é o da reforma e aumento da capacidade do emissário submarino do José Menino. Como a rede de coleta em São Vicente será expandida, a remodelação do emissário se torna absolutamente necessária para dar conta do maior volume de esgoto que passará a ser processado, e levado mar adentro pela tubulação a uma distância de quase cinco quilômetros da praia.

Enfim, é um conjunto de obras de dimensão grandiosa, como há muito tempo não se via na Baixada Santista. São obras que não aparecem, que ficam quase todas debaixo da terra ou sob as águas do mar e dos rios, mas possuem um alcance inestimável. Em particular porque vão abranger, em maior escala, os núcleos populacionais até hoje deficitários ou totalmente carentes desses serviços essenciais.

Cabe louvar, portanto, a disposição do Governo do Estado de eliminar as lacunas no setor, algo que os municípios litorâneos há anos reivindicavam, e só se espera que, concluídas as últimas formalidades burocráticas indispensáveis à liberação dos recursos, os trabalhos comecem sem demora, para que estejam prontos no prazo estabelecido. É o que este jornal promete acompanhar, etapa por etapa.