Fiscalização a motorista sobe 80% após nova norma

Folha de S.Paulo - Sábado, 5 de julho de 2008

sáb, 05/07/2008 - 13h01 | Do Portal do Governo

Folha de S.Paulo

O  número de abordagens por dia aos motoristas da capital paulista aumentou 80% após a entrada da lei seca, que torna mais rígida a punição a quem for flagrado ao volante após consumir bebidas alcoólicas, prevendo até mesmo prisão.

Na comparação, foram utilizados dados de janeiro a 18 de junho -95 dias de operação- e de oito dias depois da implantação da lei seca.

Cruzamento feito pela reportagem a partir dos dados da Secretaria da Segurança Pública e da PM mostra que, entre janeiro e 18 de junho, foram 84 abordagens por dia, contra 151 no período após a nova lei.

No período antes de a norma entrar em vigor, foram realizadas 7.965 abordagens, com 3.000 pessoas submetidas ao teste do bafômetro. Dessas, 449 foram flagradas sob efeito de álcool e autuadas.

As blitze são feitas pela Polícia Militar e ocorrem apenas de quinta-feira a domingo.

Após a lei seca, em oito dias de operação na capital paulista -dois finais de semana-, 1.215 pessoas foram abordadas, 591 submetidas ao teste do bafômetro e 56 delas multadas.

“Aos poucos, desde abril de 2007, a operação foi aumentando o número de pessoas abordadas”, disse o secretário da Segurança Pública do Estado, Ronaldo Marzagão, ontem, em entrevista à Folha.

Teste do bafômetro

O total de pessoas submetidas ao teste do bafômetro também registrou elevação. Na comparação dos dois períodos, o número passou de 31 pessoas por dia para 74. Reflexo sentido também nas multas aplicadas -cinco contra sete.

Questionado sobre o motivo do aumento na fiscalização, Marzagão respondeu que isso tem a ver com a maior aquisição de bafômetros.

“A esse aumento da operação veio aumento de bafômetros. Hoje, temos mais bafômetros do que antes. Temos 51 bafômetros na capital e 79 com a Polícia Rodoviária [Estadual]. No começo da operação [em abril de 2007], eram 11 na capital. Multiplicamos por cinco a capacidade de testes”, disse.

Segundo Marzagão, foram investidos R$ 800 mil na compra de bafômetro, aparelhos que medem a quantidade de álcool ingerida pelo motorista.