Fapesp reativa financiamento para aparelhos

O Estado de S. Paulo - Terça-feira, 27 de abril de 2004

ter, 27/04/2004 - 9h23 | Do Portal do Governo

Programa destinará R$ 60 milhões para compra de equipamentos de alto valor e uso compartilhado

EVANILDO DA SILVEIRA

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciou ontem a reativação o Programa de Equipamentos Multiusuários, destinado a financiar a compra de aparelhos de valor elevado e de uso compartilhado por pesquisadores e instituições. No total, serão destinados ao programa R$ 60 milhões, para a compra de equipamento que custem até R$ 300 mil. Para os que custem mais do que isso, o financiamento será concedidos apenas em circunstâncias excepcionais.

Criado em 1996 como um módulo do Programa de Apoio à Infra-Estrutura de Pesquisa e com o objetivo de melhorar o parque de equipamentos da Fapesp, o programa passou a ser autônomo e ter o nome atual em 1998, situação que se estendeu até 2002, quando foi suspenso.

‘Com a sua reativação, a Fapesp dá seqüência à criação de uma política clara e definida para compras e concessão de equipamentos para pesquisa no Estado de São Paulo’, disse o presidente da fundação, Carlos Vogt. ‘Ela visa a atender à demanda por infra-estrutura de pesquisa, como equipamentos e instalações. A intenção é modernizar e capacitar o nosso parque de pesquisas.’

De acordo com as normas do programa, os pesquisadores interessados em obter financiamento devem encaminhar suas propostas à Fapesp até o dia 30 de julho. Os projetos aprovados entrarão em vigor a partir de 1.º de novembro.

Segundo Vogt, os recursos são apenas para a montagem de infra-estrutura e não para o financiamento convencional de projetos de pesquisa. Para esses, há linhas próprias de empréstimos. Os custos de manutenção dos aparelhos também deverão ser cobertos por outras fontes, incluindo a reserva técnica dos processos consorciados ou do departamento onde estiverem instalados.

A dificuldade para ter à mão bons equipamentos a um preço razoável é um fator que tem encarecido – chegando a três vezes o valor original – e atrasado a ciência e o desenvolvimento tecnológico no Brasil.