Expresso para o ABCD

Jornal da Tarde - Quinta-feira, dia 3 de agosto de 2006

qui, 03/08/2006 - 10h57 | Do Portal do Governo

O Expresso Sudeste, que fará a ligação da Capital com o ABCD em apenas 15 minutos, é uma obra de grande importância para a melhoria do transporte coletivo na Grande São Paulo e, como o início das obras está previsto para o próximo ano, espera-se que conte com o apoio do futuro governador, seja ele quem for.

A nova linha, a ser construída ao lado da Linha D da CPTM, terá 29 quilômetros e partirá da chamada Integração Centro (Estações Barra Funda, Luz e Brás), com apenas 4 paradas – Tamanduateí, São Caetano, Santo André e Mauá. Essas estações, segundo o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, serão reformadas e modernizadas, com mezaninos para transferência entre as linhas, escadas rolantes e elevadores.

Tal como já acontece no Expresso Leste, que liga a Estação da Luz a Guaianases, o intervalo entre os trens deverá ser de 6 minutos nos horários de maior movimento. Nas demais linhas da CPTM, esse intervalo é de 9 minutos. Quando estiver concluído, em 2010, o Expresso Sudeste transportará 450 mil passageiros por dia.

Embora se preveja que seu movimento vá ser sensivelmente reduzido, porque a maioria de seus usuários preferirá a nova linha mais rápida, a Linha D, ao lado da qual correrá a do trem expresso, continuará a funcionar para atender os passageiros que utilizam as Estações Ipiranga, Mooca, Prefeito Saladino, Utinga e Capuava.

A obra será relativamente barata e de fácil execução, porque não serão necessárias desapropriações – há espaço para as novas linhas de trilhos a serem construídas – e boa parte da infra-estrutura já existe ao longo da Linha D. Segundo Fernandes, o custo da implantação da linha será de R$ 9 milhões por quilômetro, enquanto o custo médio de uma linha do metrô é de R$ 110 milhões. O custo total da obra está estimado em R$ 617,9 milhões.

Seria lamentável que o futuro governador não levasse avante esse projeto. A continuidade do Plano Integrado de Transportes Urbanos (Pitu-2.010), que prevê transportar 7,2 milhões de passageiros por dia no sistema de trilhos (Metrô e CPTM), é de importância fundamental para evitar o colapso do sistema de transporte coletivo na Grande São Paulo e, por isso, deve estar acima de disputas partidárias.