Expansão do metrô deve empregar 600

O Estado de S. Paulo - Sexta-feira, 25 de junho de 2004

sex, 25/06/2004 - 9h53 | Do Portal do Governo

Queda do desemprego tem relação com novas contratações feitas em obras públicas

MARINA FALEIROS

João Rufino tem o perfil típico do desempregado na cidade de São Paulo. Mora em favela, é migrante e não tem estudo. Entretanto, há dois meses ele foi um dos que conseguiram sair das estatísticas de desemprego e integrar o time de 120 mil pessoas que foram admitidas na região metropolitana da capital no mês de maio. Depois de 1 ano e 2 meses sem trabalho, o salário que agora ganha, de R$700, já é suficiente para o sustento da família. ‘Ao invés de os meus irmãos me ajudarem, já estou podendo mandar dinheiro para a minha mãe, que está na Paraíba’, conta.

Ele, assim como mais 163 pessoas, foi contratado para a obra de expansão da Linha Verde do Metrô de São Paulo, que tem orçamento de R$462 milhões. ‘A previsão é de que, até outubro deste ano, tenhamos 600 funcionários nesta construção’, diz Alexandre Bicalho, gerente de Produção da construtora Andrade Gutierrez, responsável pela obra. Segundo o IBGE, foi justamente a administração pública e os setores de educação e saúde que lideraram as novas contratações.

Por causa disso, pessoas como Elton Souto Munhoz e José Andrade Silva, que não tinham ocupação e também estão trabalhando no Metrô, acreditam que a situação econômica, pelo menos em São Paulo, está melhor. ‘No Rio Grande do Sul, de onde eu vim, está pior. Tudo parado’, conta Munhoz. Silva, por sua vez, vivia de bicos, insuficientes para sustentar os quatro filhos. Os dois, assim como os outros contratados para a expansão do Metrô, têm carteira assinada e garantia de emprego por mais dois anos, período de duração da obra.