Um estudo realizado com dados de pacientes de 21 centros de tratamento de trauma norte-americanos e do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, no interior de São Paulo, embasa um novo protocolo de atendimento a crianças com menos de três anos que sofreram algum tipo de trauma, como queda ou acidente de carro.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo pretende implantar as orientações nos hospitais da rede estadual no primeiro semestre de 2010.
Segundo o órgão, a expectativa é gerar uma economia de cerca de 12% nas internações e 20% na realização de exames, com 25% de economia total para as instituições.
Para o trabalho, coordenado pela Universidade Harvard, foram avaliadas informações de 12.537 crianças -quase mil eram brasileiras- durante dez anos. “Existe um hipertratamento, os pacientes passam por exames em excesso e ficam internados sem necessidade”, afirma o cirurgião Heitor Consani, diretor técnico da divisão médica do hospital de Sorocaba e um dos autores do trabalho.
No novo protocolo, já em implantação nos EUA, os pacientes são classificados em 17 grupos de acordo com o tipo de trauma que sofreram e das condições clínicas (como estado de consciência e lesões aparentes). Com isso, será possível identificar a necessidade de exames mais complexos e de internação.
