Projeto poderá ser colocado em prática após aprofundamento da calha do rio
MAURO MUG
O governo do Estado pretende criar uma hidrovia metropolitana para o transporte de passageiros e cargas pelo Rio Tietê. O novo sistema de transporte ligará, inicialmente, a Barragem da Penha, em São Paulo, ao lago da Barragem Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba, pelo Rio Tietê, numa extensão de 40 quilômetros. Com a inauguração de uma eclusa, sob o Cebolão, o rio já é navegável nesse trecho.
A proposta da criação encontra-se em discussão técnica e política na Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos. O projeto poderá ser colocado em prática, após a conclusão da ampliação e aprofundamento da calha do rio. Também terá de ser definida a participação com a iniciativa privada, por meio de concessão ou permissão.
O que os técnicos já sabem é que a hidrovia permitirá a absorção de parte da demanda existente de passageiros e cargas. Na opinião deles, esse tipo de transporte hidroviário, além de ser mais eficiente, possibilitará reduções na emissão de poluentes, no consumo de combustível e nos congestionamentos. Embora não saibam detalhes do estudo e prefiram primeiro a despoluição do rio, moradores de Santana do Parnaíba acreditam que a hidrovia poderá colaborar com a economia da cidade, principalmente o turismo. É que Santana de Parnaíba, com 423 anos de história, possui o maior conjunto arquitetônico tombado em taipa do Estado e resguarda em seu centro importantes imóveis remanescentes do período colonial.