O Programa de Alfabetização e Inclusão (PAI), lançado ontem pelo secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, e pelo governador Geraldo Alckmin, pretende alfabetizar, em um prazo de quatro anos, 700 mil jovens e adultos.
O projeto é uma parceria com 106 instituições privadas de ensino superior. Na Baixada Santista, já foram confirmadas as adesões da Unisanta e Unimonte, ambas de Santos, e da Faculdade Integração, de São Vicente.
Inicialmente estarão envolvidos 2 mil estudantes universitários em mil classes abertas. A estimativa da Secretaria de Educação é de que São Paulo tenha 1,7 milhão de analfabetos acima dos 15 anos.
O Estado fornecerá todo o material didático e orientações para cursos básicos de Língua Portuguesa e Matemática com 200 horas de aulas. As instituições participam com os recursos humanos e instalações físicas.
Ontem foi assinado o termo de parceria entre a secretaria e o Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior em São Paulo (Semesp). Foi do Semesp que partiu a proposta de associação com o Estado para a criação do PAI.
O Estado pretende ainda conseguir as adesões de empresas de outros setores, com a finalidade de montar classes do PAI também fora das universidades.
De acordo com a delegada regional do Semesp, Lúcia Teixeira Furlani, a adesão das instituições foi espontânea e deve crescer nos próximos meses. ‘‘Este programa será uma experiência muito importante para a formação dos alunos das universidades’’, avalia.
Lúcia também é presidente da Unisanta e explica que as inscrições no PAI na universidade terminam amanhã, pouco antes do começo das aulas. Os interessados devem ir à sala 112 do Bloco M, na Rua Oswaldo Cruz, 255, munidos de documentos com foto das 8 às 11h30.
‘‘A Unisanta tem uma grande experiência neste tipo de projeto, com núcleos de alfabetização de adultos em favelas da região e participação no projeto Alfabetização Solidária, que recebe educadores do Norte e Nordeste’’, destaca Lúcia.
Na Faculdade Integração, as inscrições para o curso começam no dia 15. A proposta é montar classes com 25 alunos, nos finais de semana, com aulas na própria faculdade, na Avenida Capitão-Mór Aguiar, 798, Centro. Informações pelo telefone 3569-8200.
A Tribuna também entrou em contato com o Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), mas não obteve retorno até o fechamento da edição.
