Quinze toneladas de drogas (maconha, cocaína, crack, ecstasy e LSD) apreendidas pelas políciais Civil e Militar de São Paulo foram incineradas ontem, sob uma temperatura de mil graus centígrados, em um forno no município de Suzano. Para evitar a poluição do ar, as cinzas dos entorpecentes passaram para outro forno.
O governador Geraldo Alckmin acompanhou a incineração e elogiou o trabalho da polícia paulista na repressão ao narcotráfico. Porém, ele ressalvou que é necessário o Brasil estabelecer uma política de segurança, com o reforço de policiamento nas fronteiras do País. ‘‘Tudo isso vem de outros lugares para cá e grande parte vem de outros países’’.
Segundo o governador, nos cofres do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) há mais 50 toneladas de drogas, aguardando autorização judicial para serem queimadas. Alckmin revelou que todo entorpecente apreendido é monitorado por um chip até a incineração. ‘‘Isso evita o risco de ser incinerado um outro produto e a droga ser desviada’’.
A redução do número de homicídios no Estado também foi enfatizada pelo governador, por conta da repressão ao tráfico de entorpecentes. ‘‘Os assassinatos vêm aumentando em quase todo o País, mas aqui tiveram forte diminuição devido aos investimentos em pessoal, tecnologia e sistema prisional’’, finalizou.
Crime organizado
O secretário Saulo de Castro Abreu Filho, da Segurança Pública, também enalteceu a atuação da polícia paulista no combate ao tráfico. Segundo ele, apenas neste ano, 500 grandes traficantes foram presos no Estado. Saulo de Castro ainda citou informação da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a qual o narcotráfico movimenta cerca de US$ 360 bilhões no mundo atualmente.
