Após quase dois anos de obras e quatro adiamentos, está confirmada a inauguração do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande, na Vila Mirim: próxima terça-feira, às 10 horas, em cerimônia à qual estará presente o secretário estadual de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
Será o segundo CDP da Baixada Santista — o outro fica em São Vicente. Com capacidade oficial para 512 presos, dificilmente terá seu limite respeitado. O prefeito Alberto Mourão (PSDB) alega que o Governo Estadual se comprometeu a levar à unidade os detentos da cadeia anexa da Delegacia-Sede, na Vila Tupi. Há 240 homens na prisão (onde cabem 86), que seria desativada. Além deles, conforme declaração feita em novembro pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), serão transferidos os detidos de Caraguatatuba e São Sebastião, no Litoral Norte (em torno de 260).
O delegado-adjunto da Polícia Civil em Guarujá, Wanderley Mange de Oliveira, cita o “compromisso” do Estado em levar de 150 a 200 encarcerados da prisão anexa da Delegacia-Sede do Município (que abriga 426 em um espaço projetado para 60) para Praia Grande. Sobre a provável situação, a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária argumenta que “todos os CDPs estão superlotados. Não é exclusividade de Praia Grande”. E não haveria disposição formal de Prefeituras em desapropriar terrenos para a construção de penitenciárias.
O CDP praiagrandense, cujas obras começaram em janeiro de 2003, substituirá a extinta cadeia pública Manoel Luiz Ribeiro, o Dacar-10. O complexo terá detector de metais, central de alarme e circuito fechado de TV. Trabalharão no local funcionários do quadro atual e candidatos aprovados em concurso.
