Estado e empresas vão recuperar o Ecológico

Correio Popular - Campinas - 18/6/2003

qua, 18/06/2003 - 9h23 | Do Portal do Governo

Maria Teresa Costa


Correio Popular – Campinas – 18 de junho de 2003

O governo do Estado de São Paulo conseguiu viabilizar R$ 2 milhões para investir na recuperação paisagística e do patrimônio histórico do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Sallim. Os recursos, informou ontem o secretário estadual de Meio Ambiente, José Goldemberg, virão de quatro empresas com as quais pretende assinar os contratos, ainda essa semana. O secretário não adiantou quais são as empresas que irão investir na recuperação da área de 1,1 milhão de metros quadrados, mas garantiu que os recursos serão suficientes para concluir o projeto elaborado pelo paisagista Burle Marx.

“Esperamos poder iniciar as obras rapidamente”, afirmou, ressaltando que a transferência da administração daquela área para a Prefeitura de Campinas poderá acontecer, mas somente depois que o parque estiver recuperado. “Isso pode levar de um a dois anos”, disse, pouco antes de se encontrar com a prefeita Izalene Tiene (PT), em solenidade de lançamento do programa de recuperação de mata ciliar, em Sumaré.

A conversa foi rápida, em uma das salas do casarão do Horto Florestal de Sumaré, mas serviu para retomar negociações sobre a possibilidade de celebração de convênio para uma gestão da área em parceria entre Estado e Município, interrompidas desde o mês passado. A prefeita Izalene insiste na participação da representação da sociedade civil na administração do parque, mas o secretário acredita que a gestão deve ser entre os dois níveis de governo.

Goldemberg acredita que essa não é hora de discutir quem vai administrar o parque. “No futuro, quando estiver recuperado, dentro de um ou dois anos, é interesse do governo que ele (o parque) seja municipalizado. Fazer uma discussão de quem é o parque agora é inútil porque ele precisa ser recuperado.

Máquinas da Secretaria do Meio Ambiente e da Prefeitura estão há cerca de 20 dias fazendo um mutirão de limpeza no Parque Ecológico para retirada do mato que tomou conta da área. Anos de abandono levaram à degradação do patrimônio histórico e do programa ambiental.

Falta ainda implantar o projeto de Burle Marx em sua totalidade. O plano previa o plantio de 9.263 mudas de árvores e palmeiras, 48.443 arbustos, 231 trepadeiras, 109.383 forrações e 10.541 mudas de plantas aquáticas. Até agora, foram plantadas apenas 3 mil mudas de árvores e mil de palmeiras.

Goldemberg ressaltou que já tem o aval das diretorias das empresas privadas que investirão no Parque Ecológico, e falta apenas discutir detalhes como, por exemplo, qual empresa financiará qual das necessidades do parque.

A busca de recursos, segundo ele, vai continuar, porque serão necessários pelo menos R$ 1 milhão para a recuperação da rede elétrica, e pelo menos R$ 1 milhão anuais para a manutenção da área verde, incluindo vigilância 24 horas, funções administrativas e também de educação ambiental e de lazer. A Prefeitura de Campinas tem investido R$ 1 milhão anual em serviços no parque, desde 2001.

Haverá necessidade de recursos para a recuperação das áreas de esportes (quadras) e equipamentos públicos como as churrasqueiras e a lanchonete. No total, conforme a diretora do Parque Ecológico, Carmem Elias, serão necessários recursos da ordem de R$ 4 milhões.