Um decreto do governador Geraldo Alckmin considerou ‘de utilidade pública para fins de desapropriação’ 60 imóveis localizados no trecho de serra da ligação rodoviária Mogi das Cruzes-Via Dutra. Os terrenos e respectivas benfeitorias, pertencentes a 22 proprietários, serão desapropriados para que possam ser aceleradas as obras de duplicação da Mogi-Dutra, no trecho de 10,4 quilômetros, entre os bairros da Ponte Grande, em Mogi das Cruzes, e Taboão, junto ao acesso para a Rodovia Ayrton Senna.
A medida do governador foi publicada na edição de ontem do ‘Diário Oficial do Estado’. Os imóveis estão situados entre os quilômetros 46 e 51 do trecho da Mogi-Dutra, na área junto à Serra do Itapeti, onde a empreiteira Queiroz Galvão está realizando os trabalhos de duplicação, que incluem melhoramentos, restauração e recapeamento da pista já existente, dispositivos em desnível, viadutos, alças de acesso, acostamentos e segunda via asfaltada.
A desapropriação dos imóveis estava sendo esperada havia alguns meses pela empreiteira, que chegou a fazer acordos verbais com proprietários para que eles permitissem o início da limpeza em determinadas áreas, onde deverão ocorrer intervenções mais profundas. Havia, entretanto, uma grande preocupação para que tudo fosse regularizado, o mais rápido possível, para que não viessem a ocorrer problemas que pudessem atrapalhar o andamento dos trabalhos. Com a colocação em prática da determinação do governador Geraldo Alckmin, a empreiteira poderá acelerar o andamento das obras, abrindo novas frentes de trabalho ao longo de todo o trecho a ser duplicado.
‘A Mogi-Dutra é uma estrada importante para Mogi e também para a Região’, disse o governador Geraldo Alckmin, ao lembrar que, além de interligar municípios da Área Metropolitana ao Vale do Paraíba, Litoral Norte e Baixada Santista, a Mogi-Dutra é, atualmente, ‘um dos gargalos para o crescimento e desenvolvimento do Alto Tietê’.
O governador lembra os altos índices de congestionamentos e o elevado número de acidentes de trânsito envolvedo veículos e pedestres. No período de 1996 a 2001, foram registrados 1.521 acidentes na Mogi-Dutra, com 55 vítimas fatais. A estrada comporta, atualmente, um volume diário médio de 25 mil veículos, um dos maiores entre as atuais rodovias do Estado. ‘A duplicação da Mogi-Dutra é a maior obra viária da atual fase do governo’, disse Alckmin.
Até o final da obra, iniciada em meados do ano passado e prevista para terminar em junho de 2004, o governo deverá investir R$ 72 milhões.
