A campanha de erradicação da brucelose bovina no Estado de São Paulo foi oficialmente lançada na semana passada durante a Feicorte. O objetivo da Secretaria de Agricultura de São Paulo, promotora da campanha, é conscientizar os pecuaristas da necessidade de se antecipar às exigências do mercado interno e externo no que diz respeito a doenças no gado.
A brucelose é uma doença transmitida por uma bactéria e causa desde o aborto em vacas prenhas até a morte dos animais infectados. Atualmente, não há nenhuma barreira que impeça países que tenham a brucelose de exportar sua carne.
Segundo o secretário de Agricultura de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, porém, isso pode vir a mudar. ‘Precisamos estar preparados não apenas para o que eles [os países importadores] pedem, mas para muito mais. Só assim será possível ganhar mercado e permanecer nele’, disse o secretário.
A doença ataca cerca de 8% do rebanho brasileiro, causando, anualmente, um prejuízo de US$ 100 milhões aos produtores. De acordo com Meirelles, o objetivo é vacinar 1,3 milhão de bezerros no prazo de dois anos. Segundo os cálculos da secretaria, o rebanho paulista (atualmente de 13 milhões de cabeças) estará livre da brucelose em cinco anos.
A feira, escolhida pela secretaria para ser palco do lançamento, foi importante, segundo Meirelles, para dar visibilidade não apenas à necessidade da vacinação, mas também ao Estado como pólo pecuarista.
De acordo com o programa da cerimônia, uma veterinária cadastrada pela secretaria daria a vacina em um bezerro diante de convidados para marcar simbolicamente o início da campanha.
Rodeio
Muito assustado com as cerca de 200 pessoas presentes, o animal corcoveou dando trabalho à veterinária e a seus tratadores. Por mais de uma vez ele investiu sobre o público, causando alguns sustos. O animal não foi vacinado.
Da reportagem local
