Cristina Ribeiro
O Estado de S. Paulo – Estadão Norte – 4 de julho de 2003
Secretaria coloca em funcionamento 60 cursos, usando a estrutura dos barracões
O carnaval já passou, mas os locais onde acontecem os ensaios de 20 escolas de samba da cidade continuam ocupados. As agremiações estão cedendo espaço para o Projeto Barracão, que oferece mais de 60 oficinas culturais, organizadas pela Secretaria de Estado da Cultura, com 2 mil mil vagas para crianças e adultos em cursos de teatro, dança, bateria mirim, cavaquinho, mestre-sala e porta-bandeira, contos, entre outros. Na região, escolas como a Acadêmicos do Tucuruvi, Mocidade Alegre, Rosas de Ouro e Morro da Casa Verde recebem três cursos, com duração de quatro meses.
Estrutura – As atividades do Barracão tiveram início há um ano. Segundo o coordenador Guilherme Bara, o projeto foi criado com o objetivo de promover a integração do público com pouco acesso à cultura por meio de ações direcionadas à realidade das comunidades.
‘Queremos aproveitar a estrutura das escolas de samba para ensinar. ‘ Bara salienta o projeto oferece uma opção de lazer para as crianças. ‘O espaço que fica ocioso durante grande parte do ano será utilizado para oferecer atividades culturais às comunidades carentes.’ Esse ano, a Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer passou a integrar atividades esportivas ao projeto Barracão, em quatro escolas de samba de São Paulo. A parceria com o governo também agrada aos integrantes das escolas de samba.
Na Acadêmicos do Tucuruvi, a oficina de bateria mirim está sob a responsabilidade do segundo diretor de bateria da escola, José Fabiano Gonçalves, o Ezequiel Muvuca. ‘É muito importante realizar essas atividades com as crianças’, acredita. Elas saem das ruas e ainda aprendem algo útil para que se tornem os futuros integrantes da escola.’
