Escolas buscam parcerias com a comunidade

Jornal da Tarde - Sexta-feira, dia 25 de agosto de 2006

sex, 25/08/2006 - 10h31 | Do Portal do Governo

MARIA REHDER, maria.rehder@grupoestado.com.br

Enquanto a Escola Estadual Blanca Zwicker Simões, Zona Leste, vem se organizando para reunir mais de mil membros de sua comunidade, no dia 1º/9, para a realização da 2ª Caminhada da Paz, a professora Regina Martins, do outro lado da cidade, promove encontros quinzenais com pais de alunos da Emef Luiz Tenório de Brito, Zona Sul, para debater a importância da participação da comunidade na gestão das escolas públicas.

A discussão sobre os possíveis caminhos para a criação de parcerias com a comunidade, como as realizadas por estas duas escolas públicas, serão o tema central do “Simpósio Escolar PaperBrasil 2006” – debate gratuito que será realizado pelo Senac-SP, no dia 31 de agosto, no Anhembi , em São Paulo.

Segundo Jorge Duarte, gerente de Desenvolvimento Social do Senac-SP, a escola é fundamental na conscientização da sociedade para a luta em prol de causas prioritárias do século 21 como educação, saúde, segurança e meio ambiente. No entanto, ele ressalta que é preciso dar voz aos educadores para que estes discutam as melhores formas de buscar parcerias externas. “Ao trabalhar com a comunidade, a escola passa a contar com um olhar de fora que contribui para a melhora de seu processo pedagógico.”

A EE Blanca Zwicker Simões, Zona Leste, é um exemplo de escola que envolve a comunidade na luta pela paz. Desde o ano passado, a segurança pública é trabalhada em seu projeto político pedagógico e, por meio da discussão sobre a paz com os alunos, a escola tem mobilizado toda comunidade local.

Segundo Edy Baldassi, diretora da escola, a caminhada é a melhor maneira de sensibilizar a sociedade para a paz. “A 1ª caminhada foi um sucesso, os alunos estão muito animados para a 2ª edição. Seus familiares estão ajudando a mobilizar a comunidade”, explica.

Já Regina Martins, professora da Emef Luiz Tenório de Brito, diz que as parcerias não são fáceis de serem concretizadas.”Recentemente, me coloquei à disposição para organizar encontros com os pais de alunos que se mostraram interessados em entender seu papel na escola.”

Entretanto, a professora conta que apenas 6 pais têm participado das reuniões quinzenais. “As discussões têm sido muito produtivas, os pais que participam estão bem mais atuantes na escola. No entanto, gostaria que mais familiares se aproximassem da escola.”