Programa do Estado atende a nova lei. Em 2003, será a vez da rede municipal de SP
Em dezembro deste ano, 7 mil dos 9,4 mil professores da rede estadual de ensino de São Paulo que trabalham com alunos da 1ª à 4ª série terão diploma de nível superior, cumprindo assim uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Isso foi possível graças à tecnologia, que permite o ensino à distância pelo uso de teleconferências. O curso do Programa de Educação Continuada, ou PEC-Formação Universitária, da Secretaria do Estado de Educação paulista, tem duração de dois anos e é gerenciado pela Fundação Vanzolini, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Em 2003, o curso será estendido para professores que lecionam em escolas municipais do Estado. Sete mil professores da rede estadual participam do curso, divididos em 186 grupos de 40 alunos, em média.
Esses profissionais têm hoje formação de nível médio, diplomados no antigo magistério, mas a LDB exige que até 2006 todos os professores do ensino fundamental tenham formação superior. Ao terminar as aulas do PEC, os professores terão diploma de licenciatura plena para exercer o magistério da 1ª à 4ª série. A secretaria investiu R$ 50 milhões no projeto.
As aulas são dadas por docentes da USP, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “A diferença desse curso é que os professores não precisam deixar suas regiões, porque usamos mídia interativa para complementar as aulas presenciais”, diz Beatriz Leonel Scavazza, coordenadora executiva do PEC.
Em cada grupo, há professores das universidades coordenando as aulas presenciais diárias nos Centros de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério. A cada 15 dias, os alunos-professores também têm aula aos sábados.
A carga horária total será de 3,1 mil horas. Neste sábado, os alunos-professores terão a 14ª teleconferência do curso, cujo tema será o ensino da Língua Portuguesa. A aula será transmitida pela TV Cultura para a Rede PEC. (AE)
Janaína Simões
