EDITORIAL
Com a concessão, pelo Governo do Estado, da indispensável licença ambiental, parece que falta muito pouco para que finalmente seja reiniciada a dragagem do canal de navegação do Porto de Santos. Como a Codesp já havia realizado a licitação para a contratação das duas empresas que se encarregarão do serviço, a expectativa, agora, é de que realmente não surgirão novos obstáculos — burocráticos, jurídicos ou de qualquer outra natureza — capazes de retardá-lo.
A dragagem parou de ser feita há 23 meses, e os fatos que travaram seu prosseguimento devem motivar a tomada de providências para que situações semelhantes não voltem a ocorrer. Claro que, em se tratando de uma empresa estatal, há trâmites legais a serem cumpridos. Ainda assim, não há de ser impossível a agilização dos procedimentos restantes, no sentido de que uma operação essencial, como é a limpeza do canal, tenha caráter de rotina, de modo a permitir em qualquer tempo a movimentação dos navios maiores.
Num período, como o atual, de grande expansão do comércio exterior brasileiro, o porto tem que sempre exibir condições adequadas. Santos responde por mais de 25% dos negócios do setor. Tanto basta para provar que atrasos como o que aconteceu não podem mais se repetir.
