Primeiro trecho a ser tratado fica entre as Pontes da Vila Maria e Vila Guilherme
O Rio Tietê ganhará um novo rumo e pode voltar a ser um dos símbolos de São Paulo. O Projeto Pomar – uma iniciativa do Jornal da Tarde, em parceria com as Secretarias Municipal e Estadual do Meio Ambiente e empresas privadas – lançará nos próximos dias o programa de tratamento paisagístico nas margens do rio.
‘O início do Projeto Pomar na margem do Tietê finalizará o renascimento da grande artéria fluvial da cidade’, aponta o secretário estadual do Meio Ambiente, José Goldemberg, de 72 anos.
O secretário lembra que, quando era rapaz, costumava nadar no rio e disse que gostaria muito que seus netos pudessem fazer o mesmo.
Há mais de meio século o Rio Tietê espera por socorro. Antes da acelerada urbanização da cidade, o cenário era bem diferente do que os paulistanos costumam assistir quando passam às margens do rio. Eram comuns na sua várzea partidas de futebol, serenatas e piqueniques. E era possível até mesmo pescar em suas águas e praticar esportes aquáticos como natação e remo.
Assim como no Rio Pinheiros, a idéia é que as pessoas se sintam parte do trabalho feito no Pomar, e não apenas espectadores. Com o projeto, o rio e suas margens voltarão a ser elementos básicos de uma paisagem agradável da cidade, envolvendo a população na luta pelo meio ambiente e melhorando a qualidade de vida.
Inicialmente, a adoção do Projeto Pomar será entre as Pontes da Vila Maria e da Vila Guilherme, na margem direita do Rio Tietê, no sentido Pinheiros-Penha, em um trecho de 1,2 quilômetro.
A instituição do Pomar nas margens do Tietê ocorrerá ao mesmo tempo em que será feito o rebaixamento da calha do rio, inicialmente, na margem esquerda, pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee).