Em 1 ano, já é o terceiro do País

O Estado de S.Paulo - Quarta-feira, 21 de março de 2007

qua, 21/03/2007 - 11h59 | Do Portal do Governo

De O Estado de S.Paulo

Um ano depois, a árvore de aço que dá boas-vindas aos visitantes do Museu da Língua Portuguesa não cresceu um tantinho sequer. Nem poderia, claro. Mas que ela rendeu inúmeros frutos desde que foi inaugurada, não dá para negar. “Acho que despertamos o interesse das pessoas pela nossa língua e a nossa própria identidade”, diz Antonio Carlos Sartini, diretor do espaço, que comemora hoje um ano de vida, mais de meio milhão de freqüentadores e o posto de terceiro museu mais visitado do País. Na frente, apenas o Museu do Ipiranga, na zona sul, e o Museu Imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

“Não canso de ver jovens que saem daqui querendo ler Machado de Assis e melhorar o vocabulário”, diz Sartini. “Esse é o meu maior presente.” Para dividir esses frutos com São Paulo, o museu ficará aberto hoje excepcionalmente até as 22 horas. E, o melhor, com entrada gratuita. A programação especial segue durante todo o mês de abril – os visitantes poderão participar de tours ao lado de escritores famosos e conferir apresentações de contadores de histórias e espetáculos teatrais baseados em livros infantis. Ainda falta a cereja nesse bolo de aniversário. No lugar do sertão de Guimarães Rosa, tema da mostra temporária no primeiro piso do museu, será inaugurada na última semana de abril uma grande exposição interativa sobre a obra da escritora Clarice Lispector, 30 anos após sua morte.

“Queremos levar as pessoas para dentro da prosa de Clarice”, diz a curadora Júlia Peregrino. A principal atração será uma sala repleta de espelhos, na qual os visitantes irão se transformar na anti-heroína Macabéa, personagem principal do livro A Hora da Estrela.