E nascem os jardins nas margens do Tietê

O Estado de S. Paulo - São Paulo - Quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

qua, 29/12/2004 - 9h04 | Do Portal do Governo

Flores e plantas foram colocadas pelo Projeto Pomar como parte de projeto

Camilla Haddad

Os jardins das margens do Rio Tietê começam a sair do papel em São Paulo. E a primeira arborização já pode ser vista pelos motoristas que passam pela Ponte do Tatuapé, no sentido Rodovia Ayrton Senna. São diversas flores e plantas nativas colocadas em uma parede inclinada localizada na margem do rio. As espécies estão em fase de adaptação.

A nova paisagem é fruto de um trabalho realizado pelo Projeto Pomar, uma parceria do Jornal da Tarde com as Secretarias de Estado do Meio Ambiente e Municipal das Subprefeituras. As flores e plantas estão sob a supervisão de técnicos do Pomar com o objetivo de identificar quais realmente se adaptarão ao local.

Mas as flores não estão ali somente para colorir a vista dos paulistanos. As espécies também fazem parte da obra de ampliação da calha do Rio Tietê – uma das etapas do Projeto Tietê, que começou em 2002 e deverá estar concluída no primeiro semestre de 2005.

No total, o projeto de rebaixamento da calha inclui uma área de 24,5 quilômetros, divididos em lotes. Para cada um dos lotes foi preparado um projeto piloto. O primeiro deles, e o que já chama a atenção dos motoristas, é o do Pomar.

CALHA

Até hoje, a obra do Tietê aprofundou 2,5 metros de calha, entre o Cebolão e a Barragem da Penha, na zona leste da capital. A principal finalidade é evitar inundações.

Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a vantagem do projeto de rebaixamento da calha é que foram atravessadas quase três estações chuvosas sem que o rio tenha saído do leito.

De dentro de sua loja, Ulisses Alves Pereira, gerente do Joli Material de Construção, pode observar o jardim enquanto dá as coordenadas para os funcionários. ‘Achei a iniciativa muito importante, principalmente para nós que passamos todos os dias aqui.’

José Maurício, gerente do Atacado Vila Nova, compartilha a opinião com o vizinho de loja. Para ele, a maior beneficiada foi a comunidade. ‘É bem-estar para quem freqüenta a loja e até mesmo para quem trabalha dentro dela.’