Antigo sonho de Adib Jatene e chamado de Sapopembinha por médicos e moradores, hospital cuidará dos atendimentos mais simples
Adriana Dias Lopes e Bárbara Souza
Cada um doou uma parte e o Hospital Local Sapopemba, na zona leste, está prestes a ser inaugurado. Sonho antigo do cardiologista Adib Jatene, o atendimento primário feito em hospitais de bairro começa a funcionar no primeiro semestre do ano que vem, numa das regiões mais carentes da capital. A idéia é levar a experiência para toda a cidade. Se possível, com ajuda da iniciativa privada e envolvimento do poder público, como ocorreu nesse primeiro.
‘Consegui o terreno com a Prefeitura e construí o hospital com a iniciativa privada’, disse o médico. Segundo ele, empresas como Bradesco e Universidade Paulista (Unip) tiveram participação financeira. Outras doaram material e mão-de-obra. ‘Antônio Ermírio de Moraes me deu todo o concreto, aço e alumínio. A Eucatex forneceu portas, forro e telhado. A Papaiz deu dobradiças. O governo do Estado equipou o hospital.’
Essa unidade e o projeto de descentralização de Jatene serão administrados pela Fundação Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP).
Com 50 leitos, o hospital, chamado por médicos e moradores de Sapopembinha, permite atendimento de baixa complexidade e é um complemento ao Hospital Estadual de Sapopemba, inaugurado pelo Estado em abril do ano passado. ‘Esse hospital vai funcionar em íntima relação com o Estadual de Sapopemba, de 220 leitos, que foi iniciado na minha gestão como secretário.’
Estima-se que o Sapopembinha, com seus 1.900 metros quadrados, tenha sido construído por R$ 5 milhões. A região escolhida é uma das mais deficitárias com relação a leitos hospitalares. Até a inauguração do hospital estadual, não tinha nenhum leito disponível para seus 250 mil habitantes. ‘Estou fazendo esse hospital para testar ou para provar que ele realmente funciona’, disse Jatene.
