Doações de órgãos crescem 61% em SP

Diário de Taubaté

ter, 01/09/2009 - 8h36 | Do Portal do Governo

Secretaria de Estado da Saúde promove hoje simpósio internacional com 500 médicos para ampliar ainda mais a captação de potenciais doadores

São Paulo caminha para novo recorde em doação e transplantes de órgãos neste ano. Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes, o número de doadores viáveis (que tiveram pelo menos um órgão aproveitado para transplante) foi de 430 de janeiro a 15 de agosto, o que representa um acréscimo de 61% em relação aos 266 registrados no mesmo período de 2008. 

Neste ano já houve 65 transplantes de coração, 75 de pâncreas, 644 de rim, 359 de fígado e 20 de pulmão. Em 2008, neste mesmo período, haviam sido contabilizados 43 transplantes de coração, 60 de pâncreas, 390 de rim, 235 de fígado e 27 de pulmão. O total de cirurgias realizadas cresceu 54%.

Hoje, terça-feira, 1º de setembro, a Secretaria promove, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo um simpósio internacional sobre doação de órgãos e tecidos para transplantes. O evento acontece das 7h30 às 18h, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Cerca de 500 médicos e profissionais de saúde deverão participar do simpósio, que tem como objetivo disseminar a experiência paulista na captação de órgãos e ampliar ainda mais as notificações de potenciais doadores no Estado.

Durante o evento serão abordados temas como o sistema estadual de transplantes, o processo de doação, diagnóstico de morte encefálica, entrevista familiar, bioética, manutenção de potenciais doadores contra-indicações à doação de órgãos e tecidos.

Na parte da tarde será realizada a parte prática do simpósio, quando um casal de atores contratados irá simular o passo a passo do diagnóstico da morte encefálica e a entrevista com familiares de um potencial doador. As duas situações são consideradas cruciais para a viabilização do processo doação-transplante.

“Queremos disseminar a cultura da doação de órgãos entre os profissionais de saúde que trabalham nos hospitais, para que eles estejam atentos à possibilidade de haver potenciais doadores nas UTIs e emergências, contribuindo para salvar vidas”, afirma Reginaldo Boni, médico da Central de Transplantes da Secretaria.