Disque-denúncia será implantado segunda-feira

A Tribuna - Santos - Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

sex, 13/02/2004 - 8h55 | Do Portal do Governo

A partir da próxima segunda-feira, a região da Baixada Santista também estará contando com o serviço do Disque-Denúncia do Instituto São Paulo Contra a Violência. O órgão, por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, estará disponibilizando seu número 0800-156315, código que já funciona na Capital, na Grande São Paulo e Região Metropolitana, Jacareí e em Serra Negra.

‘‘O nosso 0800 será apenas estendido para uma sede virtual aqui na Baixada (no 6º BPM/I)’’, revelou o coordenador do Disque-Denúncia do Instituto São Paulo Contra a Violência, Pedro Paulo Talim. A discagem é gratuita e sua principal característica é a total preservação do anonimato dos denunciantes.

‘‘Quem quiser fazer uma denúncia, sobre qualquer tema relacionado com a violência, poderá ligar de qualquer tipo de aparelho telefônico. Não tem como identificá-lo’’, ratificou Talim. O coordenador explicou que o medo da identificação é ainda um grande tabu para os brasileiros quando se trata de denúncia contra atos de violência.

Receio

‘‘A pessoa fica com receio de ser reconhecida, de alguma maneira, além do temor de uma ação da própria polícia’’. Ainda segundo ele, o disque-denúncia tem outra característica muito positiva. ‘‘Toda a denúncia certamente origina uma ação policial. E isso é um modo de garantir uma resposta não só ao denunciante como para a própria sociedade’’.

O Disque-Denúncia é ligado às duas forças policiais do Estado, a Civil e a Militar, de forma conjunta e transparente, funcionando como uma central de inteligência. Envolve todas as especialidades criminais das duas polícias.

Talim revelou que o disque possui em São Paulo um grupo de atendentes, membros da sociedade civil, sem nenhum tipo de vínculo com a polícia.‘‘Normalmente a equipe é composta por jovens universitários treinados para tratar com o público’’.

Trotes

Com o registro, a informação é encaminhada para análise e depois é devidamente investigada. ‘‘Recebemos também muitos trotes, mas já estamos providenciando um sistema que terá capacidade de inibir cerca de 90% das informações falsas’’, garantiu Talim.

Com este, a região contará agora com três serviços de disque-denúncia. A Tribuna publicou em sua edição da última terça-feira, matéria sobre os serviços da Delegacia de Investigações Gerais (DIG 3233-3495) e da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise 3232-1212). Há também o 190 do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), mas este com 100% de identificação do denunciante.