Detector de metais na Estação Trianon

Jornal da Tarde - Quarta-feira 5 de maio de 2004

qua, 05/05/2004 - 9h12 | Do Portal do Governo

As máquinas foram instaladas anteontem, na área das catracas, e têm como objetivo inibir a ação de ladrões que assaltam passageiros na plataforma. Os bandidos costumam seguir pessoas que saem de bancos da Avenida Paulista até a estação. Desde a instalação, não houve novas ocorrências no local

Carina Flosi

Detectores de metais instalados anteontem na Estação Trianon Masp da Linha 2 (Verde) do Metrô, no Centro, têm frustrado roubos de passageiros que sacam dinheiro em agências da Avenida Paulista e são atacados pelos ladrões quando chegam à plataforma.

Em dois dias de funcionamento das máquinas, não houve novas ocorrências na estação – que chegavam a três por semana.

De acordo com os registros de assaltos na Delegacia do Metrô, o roubo, sempre à mão armada, tinha uma seqüência: primeiro, a vítima era vigiada pelo ladrão ao deixar o banco com dinheiro. Depois, o bandido seguia o seu ‘alvo’ até a estação e, somente na plataforma, após passar com o bilhete pela catraca, o abordava e o rendia.

A ação preventiva dos detectores é resultado de um mapeamento realizado pelo Departamento de Segurança do Metrô. Segundo o chefe da seção, José Luiz Bastos, apesar de o furto ocupar o primeiro lugar no ranking de ocorrências no Metrô, o roubo à mão armada é mais difícil de ser evitado, pois o ladrão escolhe quem vai assaltar antes de chegar à estação.

Detectores são móveis

‘No furto, a vítima está com um celular ou uma jóia à mostra, atraindo a atenção do ladrão. Ele leva o objeto sem que a pessoa perceba. No roubo, a pessoa pode estar discreta, mas o bandido já sabe o que ela tem a oferecer’, explicou Bastos.

Para ele, os detectores estão afastando os ladrões das estações. ‘O marginal que tem esse tipo de conduta vai ter de sair do metrô.’

Todos os passageiros que embarcam na Trianon Masp – cerca de 35 mil por dia – têm de passar pelos cinco detectores, instalados três metros antes das catracas. Eles são móveis e funcionam em horários alternados em cada estação. Todas devem ser beneficiadas, de acordo com o número de ocorrências.

‘O detector acusa quando o usuário tem uma quantidade de metal equivalente à de um pequeno revólver. Ele, então, é convidado por um dos seguranças a abrir a bolsa. Depois, segue a viagem’, contou Bastos.

Na Estação Marechal Deodoro, da Linha 3 (Vermelha), os portais funcionaram por duas semanas, no mês passado. O equipamento evitou que ladrões armados atacassem usuários que compravam vale-transporte perto da estação. ‘Não registramos nenhuma ocorrência’, comemorou Bastos.