Desemprego cai para 14,4% em SP

O Estado de S.Paulo - Quinta-feira, 29 de novembro de 2007

qui, 29/11/2007 - 12h53 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de 15,1% em setembro para 14,4% em outubro, após três meses de relativa estabilidade. As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Seade e Dieese.

As instituições calculam que, no mês passado, 1,482 milhão de pessoas estavam desempregadas na região, 58 mil a menos do que em setembro. Esse comportamento, segundo a pesquisa, resultou do aumento do nível de ocupação (151 mil) em número superior ao de pessoas que entraram no mercado de trabalho (93 mil). Em relação a outubro do ano passado, a taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo passou de 14,6% para 14,4%.

Em relação aos rendimentos, houve avanço entre agosto e setembro pelo segundo mês consecutivo. O rendimento médio real de ocupados (que engloba também os assalariados) subiu 2,7%, enquanto o dos assalariados avançou 2,9% – respectivamente R$ 1.140 e R$ 1.207.

NO BRASIL

A taxa de desemprego recuou de 15,5% para 15%, de setembro para outubro, nas seis regiões metropolitanas avaliadas pela PED. As seis regiões analisadas nesse levantamento são Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. A estimativa da Fundação Seade e do Dieese é que o contingente de desempregados nas seis regiões é de 2,945 milhões de pessoas, 62 mil a menos do que em setembro.

Um dos dados mais positivos da PED de outubro foi o aumento da formalização do mercado de trabalho. Na região metropolitana de São Paulo houve um aumento de 2,9% do emprego com carteira assinada, de setembro para outubro, ao mesmo tempo que foi verificada uma redução de 2,8% das vagas sem carteira, no mesmo período. Na comparação com outubro de 2006, o avanço do número de trabalhadores com carteira assinada foi de 6,8%.

No total, nas seis regiões metropolitanas analisadas também houve avanço do emprego formal em outubro, tanto em relação a setembro (2%) quanto na comparação com o mesmo mês de 2006 (7,3%).

Já o volume de trabalhadores sem carteira assinada caiu em relação a setembro (0,6%) e subiu 0,9%, ante outubro de 2006. “A evolução é muito positiva”, comentou o coordenador de análises da Fundação Seade, Alexandre Loloian. ””Estamos indo na direção boa, com mais trabalhadores regularizados e tendo acesso à direitos.”

Outro ponto positivo da PED de outubro, destacado pelo coordenador, foi o crescimento simultâneo da taxa de ocupação e do rendimento médio, visto tanto nos dados da Grande São Paulo quanto nos das seis regiões analisadas. “Quando observamos aumento da taxa de emprego, geralmente ele está relacionado à parte debaixo (da pirâmide social). O que podemos ter agora é que, após a recuperação da base da produção, começa-se a contratar pessoas de escala superiores.”

Loloian salientou ainda que o tempo médio de procura por trabalho foi reduzido de 48 semanas em setembro para 47 semanas no mês passado. Em outubro de 2006, esse período era de 53 semanas.

PAC

Os avanços do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) começaram a refletir-se sobre o mercado de trabalho da região metropolitana do Recife. A avaliação foi apresentada pela assessora de direção do Dieese, Patrícia Lino Costa. Segundo ela, a taxa de desemprego na região passou de 19,2%, em setembro, para 18,8% em outubro, o menor porcentual da série, iniciada em 1998.

Também mostrando tendência positiva, a taxa de ocupação do período, de 1,9%, subiu pelo terceiro mês consecutivo e foi a maior entre as seis regiões analisadas para a PED.