Demolições para obras da Linha 4 do Metrô começam

Jornal da Tarde - Quinta-feira, 7 de julho de 2005

qui, 07/07/2005 - 9h16 | Do Portal do Governo

Camila Anauate

Apesar de atrasado por conta de um problema no helicóptero em que estava, o governador Geraldo Alckmin deu início ontem, oficialmente, aos trabalhos da futura Estação Luz da Linha Amarela, que ligará o bairro à Vila SôniaUma limalha de ferro entrou no motor e obrigou o helicóptero em que se encontrava o governador do Estado, Geraldo Alckmin, a realizar um pouso de emergência no Hospital do Exército, no Cambuci, região central de São Paulo. O incidente atrasou por uma hora o compromisso do governador. Ontem, ele deu início às demolições de imóveis desapropriados, no Centro, para a construção da futura Estação Luz da Linha 4 (Amarela) do Metrô. ‘Andar de metrô é muito mais seguro’, brincou o governador, em conversa informal com os jornalistas.

Alckmin chegou apressado, entrou direto no trator e demoliu parte do muro de um galpão no número 745 da Rua Brigadeiro Tobias. O imóvel faz parte de um conjunto de 26 edificações que o governo desapropriou para construir a estação Luz e também um bulevar. ‘Será uma área muito bonita. É um ganho na revitalização de toda essa área da região central’, afirmou o governador.

A Estação Luz será a primeira estação da Linha 4 (Amarela), que ligará a Vila Sônia à Luz e terá capacidade para atender 900 mil passageiros por dia. A linha estará interligada às linhas 1, Azul, 2, Verde, e 3, Vermelha, do Metrô, por meio das estações Luz, Paulista e República, respectivamente. ‘Essa será a mais importante linha de São Paulo e a Luz, o grande centro de integração férrea. Isso facilita porque ninguém precisará sair na rua. A troca entre metrô e o trem será subterrânea – e tudo com a mesma tarifa’, lembrou Alckmin.

Segundo o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a primeira fase da obra será concluída dentro de 42 meses. O projeto inclui 13 km de percurso e cinco estações: Butantã, Pinheiros, Paulista, República e Luz. A estação Faria Lima depende de negociações com a Prefeitura.

Ainda não há projeto, mas a idéia do Metrô é transformar toda a área desapropriada em um bulevar. Segundo o diretor de Engenharia e Construções do Metrô, Sérgio Eduardo Salvadore, será um centro de lazer e evento para uso público. ‘Poderá ter bancos, palco e comércio, como cafés.’ Na próxima semana, haverá uma reunião com a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) para começarem a conversar sobre o assunto. ‘Queremos conciliar a parte cultural com a parte econômica para ajudar a pagar a segunda fase da construção da linha 4.’