Cursos mostram como dobrar a produtividade

O Estado de S. Paulo - 29/5/2002

qua, 29/05/2002 - 9h54 | Do Portal do Governo

Unesp ensina técnicos e fazendeiros a usar os equipamentos de irrigação

Técnicos da Área de Hidráulica e Irrigação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Ilha Solteira (SP), com a colaboração de outras entidades oficiais, como a Coordenadoria de Assistência Técnica Inegral (Cati), do governo paulista, estão dando treinamento no setor de irrigação para agrônomos, técnicos agrícolas e proprietários rurais.

O programa geral de ensino começou a ser desenvolvido em setembro do ano passado, com o treinamento de 52 agrônomos e técnicos, de 30 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio São José dos Dourados. Na semana passada, no mesmo local, foram treinados 46 agricultores da região oeste do Estado de São Paulo.

Grátis – Os interessados aprendem a escolher o equipamento, a avaliar a área a ser irrigada, a fazer leitura de instrumentos como o pluviômetro, além de receberem noções sobre a relação custo-benefício entre os investimentos e a produtividade dos plantios.

Os cursos são gratuitos e, conforme a agenda da Unesp, os próximos encontros serão realizados em Dirce Reis, dia 31 de maio; Sud Menucci, dia 6 de junho, e em Guzolândia, dia 7 de junho. As palestras começam às 8 horas e são conduzidas de modo a dar aos interessados também uma noção exata dos custos ambientais que a atividade pode provocar.

O representante da Unesp disse que hoje, no Brasil, apenas 6% de toda a produção agrícola vem de campos irrigados. Mesmo no Estado de São Paulo, onde a agricultura é mais tecnificada, as taxas de irrigação são semelhantes às do restante do País. Explicou, por exemplo, que uma plantação de milho que rende 6 mil quilos por hectare passa a render 12 mil quilos com o uso da irrigação.

Disse, também, que, segundo cálculos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no setor de vestuário, que usa produtos agrícolas como o algodão, por exemplo, a geração de empregos é da ordem de 355 por milhão de reais investidos. No de automóveis e caminhões, onde não há matéria-prima agrícola, a geração de empregos é de 150 por milhão.

Créditowww.agr.feis.unesp.br/irrigacao.html