Cláudia Costin
Ao aceitar o convite do governador Geraldo Alckmin para assumir a pasta de Cultura, além da honra profissional de participar de um projeto de magnitude nacional, encontrei o desafio de fazer da pasta vetor do projeto maior, de inclusão cultural de todos os paulistas, que ousasse sonhar contaminar todos os brasileiros.
Ao definirmos a política cultural como política pública, reforçando o conceito de cidadania pelo acesso à cultura, contrariamos interesses. A maioria, dos que acreditam que a cultura pertence às elites. Não é nossa visão. Política pública tem que beneficiar o cidadão. A ele devemos os investimentos do Estado.
A meta, num país de exclusão, deve ser universalizar o acesso aos bens culturais, apoiando-se na parceria com produtores culturais e na integração com outras políticas públicas. Optamos, com apoio do governo do Estado, por trabalhar a riqueza étnica de São Paulo e por implantar ou reforçar bibliotecas comunitárias e oficinas de artes em áreas carentes.
Apoiamos projetos regionais de teatro, por meio de oficinas e adoção de mais de 200 grupos de teatro amador, que recebem por um ano orientação em dramaturgia, cenografia e iluminação.
A busca de qualidade também vale para os museus. Não investimos em novos museus sem garantir a operação dos existentes. Precisamos cuidar dos 20 museus que temos, da programação às instalações. Aumentamos de a visitação de todos os nossos museus, como o da Casa Brasileira, que em janeiro teve 26 visitantes e hoje chega a 4.000/mês.
A isso, nós chamamos de democracia, acesso e esforço por boa gestão de políticas públicas.
Cláudia Costin é secretária de Cultura do Estado de São Paulo
