Cruzamentos de SP vão receber 130 câmeras

AGORA A partir de abril, quem trafegar por um dos 130 cruzamentos considerados mais violentos de São Paulo será filmado por câmeras de segurança da Polícia Militar. O programa de […]

seg, 02/03/2009 - 12h24 | Do Portal do Governo

AGORA

A partir de abril, quem trafegar por um dos 130 cruzamentos considerados mais violentos de São Paulo será filmado por câmeras de segurança da Polícia Militar. O programa de vigilância, que já conta com outros 102 equipamentos espalhados pela cidade, tem como objetivo reduzir os índices criminais relacionados ao trânsito. O investimento é de R$ 6 milhões.

As máquinas, do tipo “domo” têm capacidade para registrar imagens de até três quilômetros de distância. Segundo a polícia, a vigilância eletrônica, em funcionamento desde julho do ano passado, já conseguiu diminuir em 25% as ocorrências de furtos e roubos de veículos nos pontos monitorados. Por mês, 45 casos são registrados pelas lentes da polícia.

Nesta segunda fase de investimentos –na primeira foram gastos outros R$ 6 milhões–, a atenção está concentrada na zona leste da capital, que receberá mais 44 equipamentos, somando-se aos 16 já existentes. Entre os pontos-chave estão as avenidas Paes de Barros, Itaquera, Sapopemba, São Miguel e rua Amador Bueno da Silva.

As zonas sul e norte também terão um reforço considerável. A primeira terá 33 novas câmeras –em avenidas como a Ibirapuera, a Bandeirantes e a Ricardo Jafet– e a segunda, mais 37. O menor investimento está na zona central de São Paulo. A justificativa é de que a região já conta com 44 câmeras da Guarda Civil Metropolitana.

As imagens são transmitidas em tempo real para a central operacional da PM, que tem a função de identificar os crimes (ou suspeitas) e encaminhar as equipes mais próximas ao local. “A ideia da câmera não é apenas produzir imagens, mas inibir a ação dos criminosos. É prevenção, acima de tudo”, diz o tenente Pedro Luis Souza Lopes, que é porta-voz do comando da Polícia Militar de São Paulo.

Zoom de 600 m

O projeto também tem o objetivo de servir como fonte de identificação de criminosos e placas de carros. A capacidade de aproximação (zoom) das câmeras é de 600 metros. “Já conseguimos até ler mensagens de celular direto da central”, afirma Lopes.

O sistema é criticado por representantes do Ilanud (Instituto Latino Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente).

A diretora do Ilanud Paula Miraglia afirma que a vigilância não pode ser um instrumento isolado, pois não combate a raiz do crime.

“Não podemos ficar restritos às câmeras. Há outras formas de monitorar a cidade. A avenida Paulista, por exemplo, fica iluminada e decorada no Natal. Automaticamente, passa a ser um local seguro, pela circulação de pessoas. Essa vigilância é natural e funciona”, diz.