1886 – Nasce em 1º de setembro em Capivari, estado de São Paulo, filha de Lydia Dias do Amaral e José Estanislau do Amaral Filho, grande fazendeiro de café
1904 – Casa-se com André Teixeira Pinto
1906 – Sua filha Dulce nasce
1913 – Separada, muda-se para São Paulo
1916 – Começa a trabalhar no ateliê de Wiliam Zadig, escultor sueco radicado em São Paulo
1917 – Inicia-se em estudos de desenho e pintura com Pedro Alexandrino
1920/21 – Embarca para a Europa com sua filha Dulce. Fixa-se em Paris, freqüentando a Académie Julian e o ateliê de Emile Renard
1922 – Volta ao Brasil, após a Semana de Arte Moderna. Ao chegar a São Paulo, entra em contato com o grupo modernista por meio de Anita Malfatti, formando o Grupo dos Cinco com Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Em dezembro, Tarsila embarca de volta à Europa e inicia-se a correspondência amorosa com Oswald
1923 – Com a chegada de Oswald na Europa, viajam por Portugal e Espanha. Em fins de março trabalha no ateliê de André Lhote. Em maio, Tarsila e Oswald conhecem o poeta franco-suíço Blaise Cendrars, que os apresenta ao seu grupo de amigos, entre eles Léger, Brancusi, Jean Cocteau, Satie. Pinta “A Negra”
1924 – Em fevereiro, Blaise Cendrars chega a SP, que viaja com os modernistas paulistas para ver o carnaval, no Rio de Janeiro. Na Semana Santa, o grupo viaja à Minas Gerais para conhecer as cidades históricas. No final do ano, em Paris, Oswald a pede em casamento
1925 – Tarsila regressa ao Brasil em fevereiro. Oswald retorna ao Brasil em agosto, trazendo seu livro Pau-Brasil já impresso, com ilustrações de Tarsila. Em dezembro, Tarsila e Oswald embarcam para a Europa
1926 – Em janeiro realizam uma viagem ao Oriente Médio, saindo de Marselha, visitam Grécia, Turquia, Líbano, Chipre, Israel e Egito. Ansioso por uma anulação do casamento religioso de Tarsila, o casal se dirige a Roma para obter uma bênção em audiência papal
Na primeira individual de Tarsila, na galeria Percier, em Paris, em junho, são apresentadas 17 telas, sendo “A Negra” a única de 1923 e todas as demais já de sua fase Pau-Brasil, de 1924 e 1925. Em agosto o casal regressa ao Brasil, casando-se em 30 de outubro
1928 – Em 11 de janeiro, Tarsila oferece seu quadro recém-terminado como presente de aniversário a Oswald, que o denomina “Abaporu”. A tela inspira o movimento que nasce com a Revista de Antropofagia, que tem início em maio, com a publicação do Manifesto Antropófago, de autoria de Oswald de Andrade. Viagem à Europa em março e em julho realiza a segunda individual, na mesma Galeria Percier, em Paris, nela incluindo suas telas da fase antropofágica
1929 – Em julho, Tarsila expõe pela primeira vez no Brasil, no Palace Hotel, no Rio, 35 telas, fora os desenhos, realizados de 1923 a 1929. Em setembro, a exposição é apresentada em São Paulo. Oswald apaixona-se pela jovem Patrícia Galvão, a Pagu. Ao tomar conhecimento da aventura do marido, Tarsila decide pela separação. Com a quebra da Bolsa de Nova York, despencam os preços do café e o casal perde a Fazenda Santa Teresa do Alto, que fica hipotecada até 1937. Termina o tempo do luxo, das festas e das viagens
1930 – Em dificuldades financeiras, Tarsila consegue o cargo de conservadora da Pinacoteca do Estado, mas, com a queda do governo de Júlio Prestes, perde o cargo
1931 – Tarsila conhece Osório César, intelectual de esquerda e jovem médico. Juntos, viajam para a União Soviética, com a venda de alguns quadros da coleção particular de Tarsila. Em Moscou, expõe no Museu de Artes Ocidentais, que compra sua tela “Pescador”, permitindo que viajem por Leningrado, Odessa, Ialta, Sebastopol, Istambul, Belgrado, Berlim e Paris
1933 – Tarsila pinta seus dois grandes quadros sociais, “Operários” e “Segunda Classe”. Conhece o jovem escritor Luís Martins, com quem passa a viver
1935 – Fixa-se no Rio de Janeiro.
1936 – Inicia colaborações para o “Diário de S. Paulo”, abordando temas relacionados à cultura, que se estendem até 1956
1939 – Radica-se em São Paulo com Luís Martins. Passa por um período de retorno aos temas rurais em suas pinturas
1950 – Em dezembro, há uma grande retrospectiva de sua pintura no MAM-SP
1951 – Separa-se de Luís Martins
1964 – Sala especial na 32ª Bienal de Veneza
1969 – “Tarsila: 50 Anos de Pintura”, retrospectiva no MAM-RJ, organizada por Aracy Amaral, e depois apresentada em São Paulo, no MAC-USP
1973 – Tarsila morre em São Paulo, em 17 de janeiro
1995 – O empresário e colecionador argentino Eduardo Constantini compra por US$ 1,3 milhão (cerca de R$ 2,32 milhões) a tela “Abaporu”, que hoje está no Malba, em Buenos Aires