O Estado de São Paulo
O governo estadual deu ontem o primeiro passo para a criação de um metrô de superfície na capital paulista, com a inauguração da Estação Autódromo e a conclusão da reforma da Estação Jurubatuba. As duas fazem parte da Linha C (Osasco-Jurubatuba), que foi rebatizada de Esmeralda e passa a ser administrada em conjunto pela Companhia do Metropolitano de São Paulo ( Metrô) e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O objetivo da criação dos metrôs de superfície é dar mais conforto aos passageiros e diminuir o intervalo entre os trens. Até abril, devem operar na Linha Esmeralda 12 novas composições. Também será necessário investimento na sinalização. O intervalo, que hoje é de 9 minutos, deve cair para 5 minutos.
Em dezembro, a Linha Esmeralda deve ir até a Estação Interlagos. Em janeiro, até a Grajaú, totalizando 18 estações em 32,5 quilômetros operacionais. A expectativa é de que o movimento aumente de 130 mil por dia para 200 mil pessoas por dia.
“Queremos trabalhar para transformar os trens da CPTM em metrôs de superfície”, disse o governador José Serra (PSDB) durante a abertura da Estação Autódromo, que fica a 600 metros do Autódromo de Interlagos e poderá ser utilizada por quem for assistir ao GP Brasil de Fórmula 1, no domingo.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, disse que o objetivo é transformar em metrô de superfície 162 dos 263 quilômetros da rede da CPTM. Portella disse que R$ 16 bilhões serão investidos no transporte público, a maior parte na Grande São Paulo, até 2010. Cerca de R$ 9 bilhões serão gastos no metrô. A esse valor será somado R$ 1 bilhão anunciado pela Prefeitura na semana passada, que não investe na área desde 1975.
