CPTM começa modernização de linhas para obter padrão metrô de superfície

O Estado de S.Paulo - Sexta-feira, 29 de junho de 2007

sex, 29/06/2007 - 11h55 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

A CPTM começa as obras da operação para conferir o padrão de metrô de superfície às seis linhas da companhia. Como as da região do ABC, de Osasco e da zona sul da capital estão em condições melhores, serão as duas linhas que abastecem a zona leste e cidades como Mogi das Cruzes e Suzano que receberão mais recursos. Serão aplicados R$ 5,9 bilhões até 2010 em todo o sistema.

A Linha F (Brás-Calmon Viana), que já ficou conhecida por causa das péssimas condições de algumas composições, receberá proporcionalmente a maior quantidade de recursos: R$ 1,3 bilhão.

Na primeira fase do projeto, serão construídas três estações (veja quadro acima): USP Leste, Jardim Romano e Jardim Helena. Praticamente todas as plataformas serão reformadas para receberem visual mais arrojado. Algumas serão reconstruídas, como as de São Miguel Paulista e Itaquaquecetuba.

A readequação do ramal ferroviário diminuirá a distância entre as estações (de 4 quilômetros cairá para 3,2 quilômetros), seguindo o conceito do metrô. O intervalo entre os trens também cairá, dos atuais 11 minutos para 6 minutos. Para isso, será necessário comprar 20 novos trens – metade do que a CPTM está adquirindo para todo o sistema nesse período.

A engenharia de operações varia de acordo com a linha. Para a E, por exemplo, que tem 50,8 quilômetros de extensão, serão adquiridos dez trens para reduzir o intervalo de 9 minutos para 6 minutos. Outra iniciativa será estender a linha expressa, de Guaianases até Suzano.

Fora a zona leste, a Linha C (Osasco-Jurubatuba) receberá investimentos pesados como a extensão de 8,5 quilômetros, indo dos atuais 24 para 32,5, fazendo surgir as Estações Autódromo (para que seja possível ir ao Grande Prêmio de Fórmula 1 de trem), Interlagos e Grajaú, na zona sul da cidade.

Em 2010, a CPTM espera ter dobrado o número de passageiros das suas linhas, fixado hoje em 1,5 milhão de pessoas, o que exigirá tecnologias no sistema como fibra ótica.