Convênio viabiliza o corredor metropolitano da RMC

Correio Popular - Campinas - Sexta-feira, 29 de abril de 2005

sex, 29/04/2005 - 9h10 | Do Portal do Governo

EMTU e a Prefeitura fecham o acordo que facilitará a implantação da primeira fase do trajeto, que ligará sete cidades da RMC

Adriana Leite
Da Agência Anhangüera

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e a Prefeitura de Campinas assinaram, na última quarta-feira, um convênio que viabiliza a implantação da primeira fase do Corredor Noroeste. O projeto total do corredor exclusivo privilegia o transporte coletivo e ligará sete municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC). O documento, firmado entre as administrações estadual e municipal, contempla a proposta do Estado e também pleitos do governo local.

A gestão do Corredor Noroeste no trecho que corta Campinas será compartilhada entre Município e Estado. A EMTU concordou em incluir no projeto da primeira fase – que vai ligar Campinas, Hortolândia e Monte Mor – uma pista entre as avenidas Emancipação, em Hortolândia, e John Boyd Dunlop, em Campinas. O trecho terá 3,4 quilômetros de extensão e a conexão entre as duas vias públicas será na altura do Jardim Florence.

O projeto de criação do Corredor Noroeste, elaborado em 2003, previa a injeção de R$ 122 milhões. A pista exclusiva para o transporte coletivo terá 37 quilômetros. A obra foi dividida em três fases: a primeira é entre Campinas, Hortolândia e Monte Mor; a segunda, corta Santa Bárbara d’Oeste, Americana e Nova Odessa; e a última passa por Sumaré. A expectativa da direção da EMTU é que a etapa inicial comece no final deste ano ou em janeiro de 2006. O trabalho deve durar 12 meses.

O presidente do órgão estadual, Joaquim Lopes, afirmou ontem que o primeiro trecho do Corredor Noroeste terá cerca de 22 quilômetros. Estão previstas a construção de dois terminais de passageiros e a reforma de um outro em Monte Mor, além de três estações de transferências. “Já assinamos o convênio com as cidades de Campinas, Monte Mor e Hortolândia. O próximo passo é a elaboração do projeto executivo da primeira fase do Corredor Noroeste”, disse.

Lopes salientou que o convênio firmado com o governo municipal é genérico. Agora, será formado um grupo de trabalho para detalhar o que será feito pelas partes. O presidente da EMTU disse que também será definido a modelagem do empreendimento. Nessa fase será estabelecido de onde sairão os recursos para a obra. “Ainda não temos uma estimativa de quanto será necessário para as obras da primeira fase do Corredor Noroeste”, explicou.

Nova rodoviária

O diretor de Desenvolvimento da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S.A. (Emdec), Maurício Thesin, ressaltou que o ponto final do corredor será o terminal intermodal, em área que abrigará ainda a nova rodoviária de Campinas – terreno no complexo ferroviário da Estação Fepasa. “Além do traçado que contempla a rodovia SP 101 (Campinas-Monte Mor), o Trevo da Bosch e a Avenida Lix da Cunha, chegando no terminal intermodal, no escopo do convênio foi acertado uma pista entre Hortolândia e a Avenida John Boyd Dunlop”, disse.

Thesin destacou a importância da ligação da Avenida Emancipação até a John Boyd Dunlop, que cria uma nova opção para o transporte de passageiros entre as duas cidades. “Ao chegar à conexão na Avenida John Boyd Dunlop, os ônibus entrarão no corredor exclusivo que será construído nessa via”, afirmou o diretor de Desenvolvimento da Emdec. Thesin completou que, pelo Corredor Noroeste, vão trafegar ônibus metropolitanos e também os coletivos municipais.